Este trabalho é uma adaptação do segundo
capítulo da dissertação de mestrado Indústria Cultural de Guerra em
Hollywood. Ideologias e contraideologias governamentais no cinema
norte-americano no pós-Guerra Fria[1], defendida no
ano de 2012 na Universidade Federal Fluminense. E foi apresentado na IX semana de História política da UERJ em 2014.
O Cinema, enquanto manifestação artística pode, com seus discursos e representações propagar ideologias que legitimam o estabelecimento de projetos políticos e econômicos de grupos bem específicos. Pode inclusive, organizar-se com os demais meios de comunicação e ser porta-voz de determinada ideologia governamental. São os chamados filmes panfletários, ideológicos.
Alguns filmes, no entanto, apresentam material contendo críticas em relação à política e à sociedade em geral. Estes filmes podem ser considerados como contraideológicos. Marc Ferro[2] foi pioneiro nos estudos das relações entre cinema e história. O autor acreditava que os historiadores haviam colocado em seu lugar de importância, as fontes de origem popular, como o folclore e as artes. O que restava era analisar os filmes e associá-los ao mundo que os produz.
Douglas Kellner[3] afirma que as formas dominantes da cultura podem ser encontradas na mídia. A possibilidade de suscitar um pensamento crítico e a transmissão de ideologias são inerente a todos os tipos de cultura e não podemos duvidar que corporações capitalistas e determinados grupos controlem ou influenciem as manifestações culturais. Porém, é questionável a ideia de Theodor Adorno[4], da Escola de Frankfurt, de que todas as pessoas são uma massa passiva e totalmente receptiva às mensagens da Indústria cultural.
Os produtores do filme Tropas Estelares optaram por seguir um direcionamento ousado ao demonstrar que em períodos de guerra, qualquer nação se tornaria um Estado fascista. Ironicamente, na época do lançamento, o diretor foi acusado de fazer apologia aos regimes ditatoriais fascistas. Justamente o que ele queria criticar!
Tropas Estelares inspira-se em filmes de propaganda nazifascistas como Triunfo da Vontade de Leni Riefensthal, como também em filmes dos Estados Unidos realizados durante a Segunda Guerra Mundial. E sua narrativa se baseia também na cobertura midiática realizada durante a Guerra do Golfo no começo da década de 1990.
Um Blockbuster
contraideológico
Tropas Estelares (Starship Troopers) é um filme blockbuster de ficção científica do ano de 1997 dirigido pelo cineasta holandês Paul Verhoeven. Foi baseado no livro homônimo de Robert Heinlein, publicado em 1959. Na trama, os homens estão em conflito com criaturas alienígenas que se assemelham a insetos gigantes.
O roteirista Ed Neumeier e o diretor
Verhoeven seguem um rumo completamente diferente de filmes panfletários com
viés patriótico como Independence Day, por exemplo, pois transformam o
que poderia ser mais um filme de ação nacionalista em uma obra
provocativa.
O filme
é uma sátira política sobre os métodos de propaganda utilizados pelos
Governos e seus efeitos em uma sociedade militarizada. É um blockbuster comercial que se posiciona,
de maneira inesperada contra um tipo de ideologia dominante belicista governamental.
Acompanhamos as
desventuras de um grupo de jovens, que se tornam militares e acabam ingressando
em uma guerra sangrenta em outro planeta. O protagonista chama-se Johnny Rico e
vive em uma futurista cidade de Buenos Aires, onde todos falam inglês. Rico
(Casper Van Dien), Carmen Ibanez (Denise Richards), Dizzy Flores (Dina Meyer) e
Carl Jenkins (Neil Patrick Harris) vivem sem maiores questionamentos e
preocupações em uma sociedade livre de pobreza e crimes.
Essa sociedade,
porém, encontra-se fundada em conceitos claramente fascistas e o militarismo
exerce um papel crucial. O serviço militar não é obrigatório, mas somente o
ingresso nas Forças Armadas garante a cidadania e o direito ao voto. As pessoas
ricas não precisam servir, mas não são considerados cidadãos. Mesmo vivendo na
América Latina e tendo em seus nomes referências hispânicas, a maioria das
personagens são loiros e de cor branca.
A cena inicial é uma propaganda da Federal
Network de alistamento militar. Uma narração vibrante afirma que todos
estão fazendo sua parte como cidadãos. “Eu
estou fazendo a minha parte!” é dito por uma mulher com traços latinos,
seguida por um homem branco e outro negro. De dentro das fileiras de militares,
surge uma criança de uniforme, afirmando que também está fazendo sua parte.
O narrador
questiona o espectador: “E você? Aliste-se e salve o mundo. O serviço garante a cidadania”. O informativo prossegue informando que os insetos
enviaram outro meteoro em direção à Terra. A mensagem é clara e simples: “Para
garantir a segurança do nosso sistema solar, klendathu (o planeta dos insetos)
precisa ser destruído”.
Os
informativos de propaganda militares foram baseados em filmes como Why We
Fight, feitos durante a Segunda Guerra. Na
verdade, toda a película foi baseada em filmes e propagandas feitas durante a
Segunda Guerra Mundial tanto pelos Estados Unidos como também nos filmes
propaganda da Alemanha nazista.
Em
determinada sequência, Johnny e seus amigos encontram-se na classe do Sr.
Rasczak (Michael Ironside). O professor sisudo tem o antebraço amputado. Na
aula, ele fala sobre o fracasso da democracia, do caos ocasionado pelos cientistas
sociais e de como os veteranos tomaram o poder e impuseram a estabilidade. Admito que é uma cena engraçada.
Rasczak afirma que quando alguém exerce o
voto está exercitando autoridade política, usando força. O professor acredita
veementemente que força é violência e esta consiste na autoridade suprema de
onde todas as outras autoridades se originam. A mensagem final é a de que a
violência resolveu mais problemas do que qualquer outro fator.
Na primeira parte do filme, estamos sendo apresentados ao ambiente em que as personagens habitam. Um mundo aparentemente organizado, resultante do desmoronamento de antigas instituições e correntes filosóficas.
EUA: política baseada na força e na violência
O diretor afirma que a mensagem política mais forte dessa
cena é a do professor afirmando que a violência é a autoridade que pode
resolver todas as questões. E insinua que o roteiro do filme não se baseia na
conjuntura da Alemanha Nazista, mas sim na política externa dos Estados Unidos[5].
Para Verhoeven, tem ocorrido nos Estados Unidos a emergência de uma política fundamentada no uso da força e violência. Portanto, trata-se de um filme a respeito dos Estados Unidos e seus direcionamentos políticos em relação ao resto do mundo.
As notas em matemática eram um dos fatores decisivos no futuro profissional militar de cada um. Johnny era um excepcional atleta, mas péssimo com os cálculos, por isso acabou sendo selecionado para a Infantaria. Carmen Ibanez conseguiu ingressar na Academia da Força Aérea e por último, Carl Jenkins, o controverso, inteligente e manipulador “melhor” amigo de Johnny, foi designado a Inteligência militar. Entende-se que se trata de uma sociedade que privilegia o raciocínio lógico acima de tudo.
A banalização da posse e uso de armas de fogo
A segunda transmissão da Federal Network é intitulada “Um mundo que funciona”. Vemos soldados colocando armas nas mãos das crianças e distribuindo munição como se estas fossem doces. As crianças brigam pela posse das armas com entusiasmo.
Essa breve sequência é uma feroz crítica à banalização do uso de armas de fogo pelos cidadãos estadunidenses. O uso de crianças como personagens de mensagens ideológicas ainda é uma técnica de propaganda bastante utilizada por governos ou empresas capitalistas.
A causa da guerra não é ausente de mais
contradições. Na verdade essa guerra não foi iniciada pelas criaturas
alienígenas, mas sim quando um grupo religioso resolveu sair do planeta Terra e
fundar uma pequena colônia no Planeta dos insetos.
Importante ressaltar que a esperança de ter os estudos pagos pelo Governo é uma dos grandes fatores que leva milhares de jovens a ingressar no serviço militar. No documentário de Michael Moore, Fahrenheit 11 de Setembro é mostrado como os jovens, principalmente negros e pobres, são convencidos por veteranos militares das “vantagens” do alistamento.
Enquanto
Rico tenta encontrar um sentido para sua vida, Carmen se destaca como piloto. A
personagem, que transmite independência e atitude como também feminilidade e
liberdade sexual, sofreu bastante rejeição por parte do público, acostumado com
personagens femininas frágeis e simples objeto de conquista masculino.
A função da personagem era retratar o
emergente momento político de emancipação feminina. No entanto, tendo em vista
a impopularidade angariada pela personagem pode-se realmente concluir que o
público ainda encontrava-se preso aos estereótipos confortáveis da mulher
submissa. Kellner[7] afirma
que os filmes hollywoodianos atacam frequentemente o feminismo e a indústria
ainda sofre dos males de uma paranoia masculina branca e de profundos
conservadorismos.
Com a destruição de sua cidade e a morte de sua família, Johnny enche-se de ódio e assimila totalmente a guerra como ideal de vida. A guerra total é declarada e o herói finalmente percebe os insetos como seu inimigo. E todas as nações, fascistas ou não, precisam delimitar seus inimigos como forma de se definirem. Os Estados Unidos fizeram e fazem isso da maneira mais natural possível e na opinião do diretor, os Estados Unidos são uma nação fascista.
Guerra. Uma condição que leva ao Fascismo
A transmissão da Federal Network é utilizada pela terceira vez como método narrativo do filme de tentar inserir o espectador como um membro daquela sociedade. A transmissão continua com um repórter com uma postura mais crítica, que ao mostrar os militares e a iminência do combate enfatiza que os insetos, na verdade, talvez tenham sido provocados pelos humanos.
Ao ser entrevistado, Johnny, imerso no furor guerreiro afirma que vai matar todos. Ou seja, o herói pouco a pouco vai se transformando em uma máquina de guerra obediente. As reportagens e informativos televisivos da Federal Network foram inspirados nas coberturas jornalísticas feitas pela CNN durante a Guerra do Golfo, que estava em andamento quando o projeto cinematográfico de Tropas Estelares começou.
O primeiro ataque é um fracasso completo resultando em uma carnificina humana. Após a recuperação, Johnny e seus amigos são transferidos para uma nova unidade comandada pelo seu antigo professor Rasczack, agora Tenente e mais autoritário do que nunca. O planeta dos insetos assemelha-se com a paisagem desértica do Oriente Médio, mais especificamente com Iraque ou Afeganistão.
Enquanto provocador cultural, o diretor cita Noam Chomsky, que teria afirmado que toda imprensa se guia pelo governo, seja lá o que diga, seja da esquerda ou direita, predominantemente democrata ou republicana. Para Chomsky[8], a grande mídia e as classes intelectuais se alinham aos donos do poder no momento de crise, assim como tentam mobilizar a opinião pública nesse sentido.
No
funeral de sua amiga e amante Carmen, Johnny se encontra cada vez mais frio e revoltado e seu
reencontro com seu amigo Carl, agora Coronel, é uma das cenas mais polêmicas, pois o
mesmo veste uma farda preta, propositalmente idêntica à de um comandante
nazista. Os detratores do filme e membros da imprensa não entenderam o tom da
crítica realizada através das transformações morais da personagem.
Carl, que no começo do filme podia
ser entendido como um dos heróis, agora é um estrategista militar que só pensa
matematicamente. Não enxerga os outros como indivíduos, mas sim como números
que servem para resolver suas equações. O Coronel Carl sabia das poucas chances
de sobrevivência quando enviou os combatentes da infantaria para missões suicidas,
mas achou mais importante descobrir se existia um tipo de liderança entre os
insetos.
Com a cena em que o personagem
justifica friamente suas decisões, fica evidente a intenção do filme em afirmar
que a guerra transforma os cidadãos e os Governos em fascistas. Neumeier[9]
comenta sobre livros publicados durante a Primeira Guerra Mundial na Alemanha,
chamados Blood and Still, no qual se
discutia que o dever do soldado era morrer por seu país e o do oficial era
direcionar seus soldados para o local onde morreriam.
Tropas Estelares se aproxima do final
com quase todos os personagens mortos. Johnny Rico, agora elevado a Tenente, é
apresentado aos novos recrutas e sua postura é um misto de Sargento Zim (o
brutal instrutor do campo de treinamento) com sua figura paterna, o professor
Rasczak, militar defensor da violência.
O
filme termina com a última propaganda da Federal Network com mais uma
campanha de alistamento militar. Anunciam novas armas e naves mais poderosas e
usam os heróis Tenente John Rico e a Capitão Carmen Ibanez, como exemplos a
serem seguidos. Com um tom enérgico, ressalta que precisam da ajuda de todos e
que o Exército garante a cidadania.
Os realizadores do filme tentaram demonstrar que os Governos não se importam como deveriam com os cidadãos e que muitas vezes milhões de vidas são sacrificadas em conflitos desnecessários.
O Governo e as Forças Armadas fazem uma série de
promessas que talvez nunca possam ser usufruídas, como os créditos educacionais
oferecidos para os que se alistassem e ingressassem no conflito no Iraque na
administração de George W. Bush na década de 2000.
E a indústria cultural de guerra Hollywoodiana desde sempre foi usada como uma forma de naturalizar políticas e o ideário intervencionista militar. Nela, os filmes que justificam os conflitos já preparam os cidadãos para a possibilidade real e iminente de uma guerra e transformam salas de cinema em campos de treinamento mentais de exercício militar.
Conclusão
Tropas Estelares foi produzido na segunda metade da década de 1990
durante o Governo Democrata de Bill Clinton. É um produto cultural oriundo do
contexto político pós-Guerra Fria e pós-Guerra do Iraque. O filme faz uso da
ficção científica de luta contra alienígenas como uma alegoria para demonstrar
como os Estados Unidos (ou qualquer potência global) são ou podem vir a ser,
uma ameaça para o modo de vida de outras nações.
As propagandas midiáticas fictícias de Tropas Estelares foram praticamente releituras de filmes propaganda da Segunda Guerra, e as propagandas de alistamento militar durante o Governo de George W. Bush, alguns anos depois são bastante semelhantes.
A propaganda durante a Segunda Guerra alcançou níveis extraordinários nos dois lados do conflito. Nos Estados Unidos, a propaganda concentrou-se principalmente para a produção e racionamento de bens e na convocação dos cidadãos. Foram utilizados em demasia cartazes mostrando crianças patriotas, imagens alertando sobre o perigo nazista e incentivando a compra de bônus de guerra.
O
resultado dessa ousadia não foi muito favorável aos produtores, tendo em vista
que, a obra de Paul Verhoeven pode ser considerada um fracasso de bilheteria. O
filme arrecadou metade de seu custo de produção nos Estados Unidos e alguns
milhões a mais no mercado internacional.
O filme contraideológico, quase
subversivo de Verhoeven, se utiliza de um mundo disfarçadamente totalitário em
uma época futura não definida, para criticar as ideologias políticas da contemporaneidade.
A perspectiva estadunidense geralmente é a que possui mais força no cenário
político do mundo ocidental.
Os Estados Unidos são um exemplo de Democracia autoritária e os filmes podem ser usados como armas ideológicas de seu modo de vida e direcionamento político. Mark Goldblatt[10] foi o montador de Tropas Estelares e para ele a manipulação dos elementos em um filme é algo poderoso, pois se criam efeitos e reações no público.
Marco Napolitano[11] alerta para o fato de que alguns historiadores cometem o mesmo erro conceitual de simples espectadores quando consideram as fontes audiovisuais como testemunhos diretos da história. Estes, no entanto, precisam ser tratados como o que são. Ou seja, tentativas de representações da realidade.
Elias Thomé Saliba[12] acredita que vivemos num universo midiático dominado por imagens. O autor também é da opinião de que a imagem não reproduz a realidade, mas a constrói a partir de uma linguagem própria referente a determinado contexto histórico. O filme, assim como o conhecimento histórico, seria uma construção imaginativa que necessita ser pensada e trabalhada interminavelmente.
A indústria cinematográfica cria
obras com funções sociais diferentes. O indivíduo precisa criticar as formas
culturais, as imagens e as narrativas. Portanto, as produções culturais
precisam ser lidas dentro de seus contextos sociais específicos para que sejam
decifradas.
Devemos compreender que os filmes são resultantes do seu contexto histórico. O indivíduo deve adotar uma postura de consumidor ativo de suas mensagens, imagens e dos elementos estéticos, que podem estar repletos de ideologias políticas.
Por tudo isso, as fontes visuais
devem ser utilizadas como fonte histórica e o Cinema, assim como os demais produtos
midiáticos, devem ser analisados criticamente.
Portanto, ao realizar esse estudo a
respeito do Cinema, sobre sua condição de arte complexa e os usos desse meio de
comunicação como arma ideológica do Governo dos Estados Unidos, ressalta-se também
que a indústria de Hollywood não pode ser vista apenas como porta-voz da
ideologia dominante governamental, na medida em que, existem filmes que seguem
direções contrárias.
[1]PAIVA, Rogério Marques de. Indústria cultural de guerra em Hollywood. Ideologias e contraideologias no cinema norte-americano no Pós Guerra Fria. / Rogério Marques de Paiva. – 2012. 133 f. ; il. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2012. Bibliografia: f. 123-128.
[2]FERRO, Marc. Cinema e História. 2° edição. Editora Paz e Terra, 2010.
[3] KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia. Estudos Culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Editora Edusc, 2001.
[4]ADORNO, T. W. e HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento fragmentos filosóficos.. Tradução: Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
[5] Comentários em áudio In: VERHOEVEN, Paul. Tropas Estelares. São Paulo. Tri Star.
[7] KELLNER, Douglas. “Guerras entre teorias e estudos culturais”. In: A Cultura da Mídia. Estudos Culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Editora Edusc, 2001. p. 31
[8] CHOMSKY, Noam. “A Campanha Ideológica”. In: 11 de Setembro p. 32
[9] Comentários em áudio In: NEUMEIER, Ed. Tropas Estelares. São Paulo. Tri Star.
[10] Comentários em áudio IN: GOLDBLATT, Mark. Documentário: Um corte no tempo: A Magia da Edição de filmes. O que os montadores fazem?
[11] NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema em sala de aula.. 1. Ed. São Paulo: contexto, 2003. v.1.
[12]
SALIBA, Elias Thomé. “Experiências e representações sociais: reflexões sobre o
uso e consumo das imagens” IN: II
Encontro perspectivas do ensino de História – Anais. p. 158
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