JollyRoger 80´s

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quarta-feira, 29 de julho de 2020

As dificuldades de se debater escravidão com historiadores passionais e a Fé militante



Concordo. Assim como os homens brancos do passado que fizeram alianças, negócios com lideranças tribais, Reis e mercadores africanos e fizeram o nefasto comércio de escravizados pelo Atlântico, também não devem ser julgados a partir dos valores morais e éticos da atualidade. Se existe a chamada dívida histórica, vários tons de pele são devedores. O que precisamos é fortalecer uma sociedade onde ninguém mais seja um escravo, seja de trabalho, religião, ideologias políticas e de movimentos sociais.

Com isso não estou afirmando que não devemos nos chocar, nos revoltar com os acontecimentos e mentalidades do passado. Óbvio que devemos! É um clichê, mas o historiador deve relembrar o que a sociedade insiste em esquecer, com o objetivo de auxiliar na evolução moral e intelectual da mesma. Mas quando o historiador se utiliza dos acontecimentos e erros do passado para insuflar discórdias na sociedade do presente, ele está deixando de ser um guardador de memórias para se tornar um militante fanático.

Os historiadores não se comportam como historiadores. As consequências de falar sobre temas como escravidão africana ou qualquer crítica ao movimento negro é garantia de ser chamado de racista. Falar que já existia escravidão na África antes do chegada dos europeus está aparentemente proibido.
"Mas Roger Marques, acho que o problema, não é falar a verdade. Mas usar a mesma para diminuir os efeitos gerados da escravidão aqui, ou destorcer essa visão e colocar como se os negros tivessem se entregado e pedido pelo amor dos Deuses pela escravidão. O problema é usar esse discurso pra invalidar racismo estrutural e todas as atrocidades que fazem parte da historicidade do nosso país."
Confesso que nunca vi alguém afirmar seriamente que os negros africanos tivessem se entregado ou fossem felizes com a escravidão. Mas já li em vários livros que a escravidão africana era uma escravidão "light". Esse lance de "racismo estrutural" também não é um conceito de aceitação unânime. Novamente reitero que não construiremos uma sociedade decente com ressentimentos, rótulos e simplificações.
Ninguém nega os males e horrores da escravidão. Mas quando você afirma isso em qualquer grupo de História, as pessoas te acusam de racista, "passador de pano", relativista do sofrimento alheio etc. É complicado debater seriamente assim, pois as pessoas se veem acuadas e com receio de expor suas ideias.
Não concordo com discursos que tentem minimizar os efeitos da escravidão. Só não gosto que a complexa História da Humanidade seja simplificada numa narrativa de "bem contra o mal", "opressores versus oprimidos".
Mas acreditem, as pessoas cometem anacronismos, estudam os fatos focadas mais nos aspectos emocionais do que racionais. Julgam atos e comportamentos do passado com os valores éticos e morais do presente. Tenho visto muitos exageros, narrativas tendenciosas, ressentimentos e radicalismos nos movimentos sociais. Alguns veem isso mais como vingança do que reparação histórica ou promoção de um estado de mais igualdade de oportunidades entre as pessoas.

E justamente por considerar importante a necessidade de melhorias sociais é que chamo atenção para os deslizes conceituais e radicalizações das militâncias, pois essas atitudes só irão criar mais discórdia e fraturas na nossa peculiar sociedade.


Vai falar Merda em outra dimensão!

"Porque isso é apropriação cultural...
Você não tem lugar de fala...

Enquanto o hétero branco não rever seus privilégios...

Deu o cartão, mas não deu a senha...

Tinha muita doméstica viajando pra Disney...

índio e gay não são fantasias de carnaval...
Deus acima de todos...

Isso é assédio...

O Batman é a representação do homem branco opressor e fascista...

Aquela mana nua é objetificação da mulher, mas essa aqui nua é empoderamento feminino!

Está na hora de cancelar o..."




Os problemas de se debater a Escravidão. A importância do diálogo, da construção de conhecimento e resolução de questões



Acostumem-se. As consequências de falar sobre escravidão na tentativa de ampliar o debate e torná-lo mais racional, objetivo, (e menos emocional) é garantia de ser chamado de relativista e racista. Ainda mais agora com células do movimento negro e as pessoas como um todo, tão radicais e reativos. Falar que já existia escravidão na África antes do chegada dos europeus, ou seja, falar a verdade, aparentemente está sendo proibido.
Os homens brancos europeus do passado fizeram alianças, negócios com lideranças tribais, Reis e mercadores africanos e realizaram o nefasto comércio de escravizados pelo Atlântico. Se existe a chamada dívida histórica, vários tons de pele são devedores. No entanto, é um anacronismo julgar atos e culturas do passado com os valores morais e éticos da atualidade. O que precisamos é fortalecer uma sociedade onde ninguém mais seja um escravo, seja de trabalho, religião, ideologias políticas e de movimentos sociais.
Mas qual é a justificativa para a escravidão ter ocorrido? A justificativa é o contexto histórico. Sempre ocorreu escravidão. A África é/era um continente com diversos povos e culturas diferentes. Assim como a América, antes da chegada dos europeus. E nem sempre esses diferentes povos eram aliados. Colocar todos esses povos como "coitados oprimidos", "vilipendiados e escravizados" é retirar deles toda sua complexidade, toda sua tridimensionalidade e sua completa atuação histórica.
Mas e as pessoas que foram escravizadas durante séculos e com o término da mesma foram largadas à própria sorte? Os que sempre tiveram asseguradas sua liberdade não teriam uma dívida histórica pra com os descendentes de escravos? Entendo o ponto de vista. Mas na minha opinião, não existe "dívida". O que deve existir é o fortalecimento de uma mentalidade de justiça e compensação, tanto da sociedade organizada como um todo, como do Governo.

Ninguém quer ser obrigado a pagar algo por situações que ocorreram com seus antepassados. E nem todos os brancos possuíram escravos! Enquanto continuarem esses discursos de reparação, ressentimentos e discórdias, a sociedade ficará estagnada. Nas favelas não moram somente negros. Nem todo branco é rico ou classe média alta. Ou racista, como o senso comum parece querer naturalizar.
"O negro na televisão é sempre colocado em papéis de bandido ou empregada doméstica" Compreendo. Mas sobre novelas... coloque a culpa na Rede Globo. Sobre cinema, quadrinhos e desenhos animados, eu acho que existem vários personagens negros. E de uns anos pra cá essa representatividade têm melhorado (inclusive com certos exageros e erros históricos, em alguns casos compreensíveis).
O panorama têm mudado. No entanto, não vejo no Brasil, com tanta miscigenação, esse clima de guerra racial e segregação, como era/é nos Estados Unidos. Mas parece que querem convencer o povo de que é assim. Ou querem que seja assim, tendo em vista que, alguns representantes do movimento negro, em seus perfis em redes sociais, defendem que negros só se relacionem afetivamente com negros.
Concordo plenamente com a necessidade de termos todos igualdade de oportunidades. Assim quem aproveitar vai realmente merecer o que conquistar. No entanto, acredito que as coisas estão caminhando para melhora nas condições de vida da população negra e parda no Brasil. O problema é quando radicalismos e incentivo à discórdia se fazem presentes dentro dos movimentos sociais e grupos políticos.
"Não confunda o grito do oprimido com a violência do opressor!" Perfeitamente! Mas também não podemos ignorar que os radicalismos estão sim ocorrendo e que, no nosso contexto, não vai ajudar em nada. Quando se acusa o outro e o enxerga como inimigo, se perde um possível aliado. É interessante ressaltar que muita gente que defende Paulo Freire não entendeu ou não deve ter lido o que ele escreveu.

Independentemente se concordamos ou se realmente aplicamos a metodologia de ensino proposta, é evidente que ele deixa bem claro no livro "Pedagogia do oprimido" que o indivíduo em situação de opressão só se emancipa por conta própria e não sendo comandado por outros. E que estes nunca deveriam tentar criar novas formas de opressão, nem mesmo contra os antigos opressores. Talvez seja uma boa dica de leitura para os justiceiros sociais.

Por fim, temos o tal "lugar de fala", que não é nenhuma novidade conceitual. Tendo em vista que, em um debate histórico e sociológico, nada mais natural que analisarmos os diferentes pontos de vista em uma mesma questão. Ou seja, cada olhar pode agregar valores na construção de um conhecimento. Mas não é isso que têm ocorrido!

A novidade atual é que (mesmo as pessoas dos movimentos sociais não admitindo) o famigerado "lugar de fala" é usado como uma forma de desconsiderar as opiniões das pessoas que discordam, que tem opiniões diferentes sobre um assunto. E de tornar algumas idéias "naturalmente" mais válidas, mais "corretas" do que outras. Resumindo, censura e policiamento do pensamento. Uma pena!

É importante todo tipo de tentativa de diálogo, pois somente com a troca de ideias, com a apresentação e confronto de argumentos é que o conhecimento é construído. É uma vergonha pessoas começarem a xingar, rotular e "cancelarem" as outras que estão dispostas a oferecer diferentes pontos de vista. Desde quando uma ideia ou grupo se tornaram sacralizados e intocáveis a ponto de não poderem ser criticados?


Mulheres negras de mitologia retratadas como brancas por artistas. Análise da "denúncia".


Essa BBC News é interessante, mas tenho percebido umas matérias como essa, com um tom bem tendencioso. Uma suposta tentativa de "denúncia", mas que não tem peso de discussão histórica nenhuma. Certa vez vi um post que "denunciava" as poucas representações de pessoas negras em pinturas europeias. Isso é igual cobrar figuras brancas na arte oriental e africana.
Sobre os exemplos de embranquecimento de figuras mitológicas, como Andrômeda, que a reportagem se refere, são casos específicos e na minha opinião, mal explicados na matéria. Mas que já causam discussões passionais e cheias de verdades absolutas e simplificações em grupos de historiadores.

Qual o próximo passo então? Cancelarem e destruírem as obras de arte renascentistas? E se foi assim, agora temos vários personagens clássicos de quadrinhos e cinema, originalmente brancos ou figuras históricas brancas sendo reinventadas e/ou interpretadas por negros. Então, deu empate cultural histórico. As pessoas cometem anacronismos com frequência, mas isso é algo terrível se feito por historiadores.

As obras de arte, os artistas, seus estilos e intencionalidades representam seus tempos históricos. E devem ser analisados tendo em vista o contexto histórico. Essas questões raciais e de reparações históricas são os assuntos com os quais os historiadores, jornalistas, políticos e artistas mais discutem na atualidade. Meu incômodo é quando o debate é realizado pautado por ressentimentos, falsificações históricas, censura e rótulos depreciativos para com o outro.


O mal da Cultura de cancelamentos


Os canceladores continuam caçando bruxas! Novos casos de denúncias equivocadas, exposições em redes sociais, com o objetivo de fazer "justiça" e atrapalhando a vida de pessoas normais têm ocorrido. Isso é só o resultado do que já começou há pouco tempo atrás, curiosamente quando os movimentos sociais começaram a ganhar mais visibilidade.
A sensação de poder corrompe, mesmo o que começa com boas causas. No meu caso pessoal, em pouco tempo, pessoas que me conheciam há anos, depois de qualquer discordância, começaram com os rótulos de machista, estuprador (!) em potencial, fascista, branco privilegiado, opressor, etc. (Rs)
Agora que já está meio evidente a perda de espaço desse pensamento progressista, politicamente correto, em todos os lugares, eles começaram a radicalizar. Toda essa onda de cancelamentos, perseguições, tentativas de censura é a cartada final de grupos que nunca suportaram o real pensamento crítico. São iguais fanáticos religiosos.
O pior é que se enxergam como muito inteligentes e justos. Não conseguem dar o benefício da dúvida sobre suas certezas enraizadas desde antes do ingresso nas universidades da vida (onde se milita e se bebe cerveja mais do que se estuda).
Várias pessoas pararam de falar, mas também nunca foram muito próximas. Outras eu excluí mesmo porque não vejo sentido em ter gente adicionada que não mantém nenhum tipo de contato. Nada pessoal! O mais triste pra mim são as pessoas que realmente eram amigas. A galera embarca em ideologias e se vê como o revolucionário do mundo novo. A sensação de fazer parte de um grupo deve preencher vazios mesmo. Vida que segue! Consciência tranquila por aqui.
Eu também já passei por situações com essas militâncias. Obviamente não chegou a ser algo grave, mas poderia ter dado uma dor de cabeça! Quanto à exposição em redes sociais que ocorrem, semana que vem outros retardados de twitter vão arrumar outra luta social e o dessa semana fica esquecido. Não confio em "justiceiros sociais", não dou meu voto para políticos com essas propostas e da minha parte, sempre serão criticados, assim como qualquer outro grupo com viés autoritário.


Beyoncé e Jay Z. "APESHIT". Ostentação e culto pessoal disfarçada de crítica social

A superestimada artisticamente Beyoncé e seu marido rapper produtor musical milionário Jay-Z gravaram mais uma canção juntos. O videoclip de "Apeshit" chamou atenção porque foi gravado no Museu do Louvre em 2018. Penso que se fosse hoje o vídeo seria diferente, pois ao invés de termos as dançarinas performando no museu, talvez tivéssemos cenas de pessoas destruindo as estátuas e obras de arte. Mas, vamos a análise da peça audiovisual.


No vídeo vemos o casal de artistas negros, talvez mais ricos e famosos da atualidade gravando um vídeo no Louvre, de costas para todas as obras e declamando uma "letra" sobre o seu poder social e monetário. A letra NÃO aborda uma questão ampla, mas se configura em um desabafo/provocação e exaltação pessoal de ambos. O video sim, tem a pretensão de fazer uma provocação

Vejo muitos youtubers analisando e elogiando a "lacração", o teor supostamente revolucionário do vídeo, a denúncia sobre uma suposta invisibilidade do negro nas artes (O que acho uma crítica exagerada, se formos pensar sobre a atualidade), sobre o roubo de artes dos outros povos perpetrado pelos brancos europeus malvados e sobre a predominância da representação do branco europeu nas artes europeias.

O motivo é meio óbvio, não é? As obras de arte, os artistas, seus estilos e intencionalidades representam seus tempos históricos. Reportagens da BBC pretensiosas com um tom falso de "denúncia" têm falado sobre as poucas representações de pessoas negras e sobre o embranquecimento de figuras mitológicas negras em pinturas europeias. Isso é igual cobrar figuras brancas na arte oriental e africana.


Acho muito engraçado o casal que figura sempre nas listas dos mais ricos do show business e que só lançam músicas e vídeos vomitando ostentação e sucesso monetário, ressaltando os piores e mais desprezíveis efeitos colaterais do capitalismo, continuarem insistindo nesse discurso de oprimido falso e faturando milhões com essa militância oportunista. O culto à personalidade de profissionais do entretenimento chegou à níveis alarmantes.

As pessoas no geral "analisam" a História da Humanidade de maneira simplista, reducionista, maniqueísta. Nunca somos totalmente imparciais, mas aliado à isso, os novos "filósofos" digitais recheiam suas opiniões banais e conclusões com ressentimentos, anacronismos e a velha visão de mundo marxista que simplifica todos os complexos e instigantes rumos dos homens na "verdade absoluta": opressores versus oprimidos.

É óbvio que qualquer tipo de arte bem feita deve ser valorizada e que o mainstream cultural europeu e estadunidense era/é um território organizado e ocupado por "brancos". (O que também, depende, pois se formos pensar na indústria cinematográfica hollywoodiana, saibam que é uma área organizada por judeus). Mas também é um exagero afirmar que os artistas negros não tiveram seu espaço, seja nos Estados Unidos ou no Brasil, por exemplo.



O Hip Hop chega ao mainstream

Se podemos usar o conceito "cultura negra" me parece que ela está mais na moda do que nunca, apesar dos artistas negros do passado, na minha opinião, serem bem melhores e mais relevantes que esses rappers e cantoras pops atuais. Por uma série de fatores, tecnológicos inclusive, os artistas e profissionais do entretenimento da contemporaneidade, são amplamente divulgados, massificados. Principalmente os provenientes dos Estados Unidos.

Os artistas atuais e a permanência do Hip Hop como gênero musical mais lucrativo e influente da atualidade não têm a ver necessariamente com uma questão de qualidade. Mas primeiramente com uma escolha mercadológica, que já sofria com a perda de popularidade do rock e da música pop no final dos anos 1990 (representada com as boy bands).

Os produtores sentindo o crescimento do Hip Hop começaram gradativamente a trazê-lo para o mainstream, colocando participações de rappers em canções de cantoras como Mariah Carey. Bandas como R.E.M já haviam flertado com o rap em "Radio Song" e Michael Jackson fez parcerias com rappers em algumas canções dos álbuns Dangerous (1991), History (1995) e Invincible (2001).

Nos anos 2000 em diante, a MTV, canal de TV que orientava o comportamento do jovem, passou a dedicar grande parte de sua programação ao Hip Hop. Naturalmente, o estilo passou por modificações se comparado com o tipo de som que era feito nos anos 1980.


Intencionalidades do Videoclip

O videoclip teve a intenção de fazer uma provocação, é óbvio. Mas será que foi o melhor caminho tomado? Na minha opinião, seria mais válido gravá-lo em um museu repleto de artes feitas por negros de várias partes do mundo. Isso se a intenção fosse realmente divulgar a arte feita por pessoas negras e enaltecer outras visões de mundo não eurocêntricas.

Mas não foi isso. Pois a intenção deste foi apenas exaltação pessoal do casal "artista", ostentação financeira, ode ao cafona, ao mal gosto, à péssima sonoridade e a propagação dessa terrível estética atual do mercado industrial fonográfico. E mesmo com uma mensagem aqui e ali, uma releitura de um quadro feito por uma artista negra acolá, as imagens e mensagens fortes são a declaração de poder do casal, com a desculpa de que podem inspirar outros a conseguirem o mesmo.

Bem, sinto dizer, antes desses dois, uma extensa lista de artistas negros já haviam conseguido a fama, o estrelato, o respeito da crítica e principalmente, relevância cultural e a imortalidade de suas canções. Algo que talvez Beyoncé e principalmente Jay-Z nunca consigam.





BONUS TRACKS:

Letra da canção traduzida:

Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah  (obs. retirei alguns yeah, yeah, yeah, ok?)

[Beyoncé e Quavo]

Pego meu dinheiro rápido e vazo (rápido, rápido, vazo)
Veloz como uma Lamborghini
Estou saindo do palco, vadia (saindo, saindo, ei, ei)É melhor a plateia aproveitar (plateia indo à loucura, ei)
Não acredito que conseguimos (isso é o que conseguimos, conseguimos)
É por isso que somos gratos (por isso somos gratos, gratos)
Não acredito que conseguimos (é um ponto de vista diferente)
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah!

Me dê meu dinheiro
Dê um pouco de respeito ao meu dinheiro
Ou me pague em equidade, pague em equidade
Ou me veja inverter as coisas
Ele tem uma vadia má, vadia má

Nós vivemos esbanjando, esbanjando
Uso roupas caras, tenho hábitos caros
Ele quer ir comigo (ir comigo)
Ele gosta de fumar maconha (fumar maconha)
Ele quer estar comigo (estar comigo)
Ele quer me dar aquela vitamina D (D!)

Joias de diamantes, turnês exuberantes
Você não está nessa (não), não pense que eles estão nessa (não)
(Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah)
Comprei um jatinho pra ele

(Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah)
Fali a Colette
(Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah)
Relógios Phillippe Patek
(Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah)
Sai do meu pé (uh, ei)

Me passe a bola, me passe a bola, seja o melhor (bola)
Chamo minhas garotas e as coloco em uma espaçonave
Saia com a Yoncé uma noite e você ficará famoso (ei)
Você já viu um palco ir à loucura? Rah!

Pego meu dinheiro rápido e vazo (rápido, rápido, vazo)
Veloz como minha Lamborghini
Estou saindo do palco, vadia (saindo, saindo, ei, ei)
É melhor a plateia aproveitar (plateia indo à loucura, ei)
Não acredito que conseguimos (isso é o que conseguimos, conseguimos)
É por isso que somos gratos (por isso somos gratos, gratos)
Não acredito que conseguimos (é um ponto de vista diferente)
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah! (Offset)

[JAY-Z]
Eu sou um gorila na porra do galinheiro, já cheguei no zoológico
Eu sou uma mistura do Chief Keef com o Rafiki, quem é o Rei Leão pra você?
Fico de olho no meu bolso como uma canguru, fale pra esses palhaços que não estamos impressionados

Cartuchos lotados pra lidar com essa bagunça, 45º Presidente dos Estados Unidos, temos mudanças pra você
Chegamos escoltados
Temos aviões presidenciais também
É melhor você ficar com o residencial
Invencível com o taco também
Eu disse não ao Superbowl

Vocês precisam de mim, eu não preciso de vocês
Todas as noites chegamos no limite
Diga à NFL que estamos nos estádios também
A noite passada foi uma loucura, nos jogamos em uma piscina de pessoas
Atravessei Liverpool como a porra de um Beatle
Fumando maconha Gorilla Glue como se fosse lícito
Mande o Grammy se foder com essa merda de 8 nomeações e 0 vitórias
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah!

[Beyoncé e Quavo]

Pego meu dinheiro rápido e vazo (rápido, rápido, vazo)
Veloz como minha Lamborghini
Estou saindo do palco, vadia (saindo, saindo, ei, ei)
É melhor a plateia aproveitar (plateia indo à loucura, ei)
Não acredito que conseguimos (isso é o que conseguimos, conseguimos)
É por isso que somos gratos (por isso somos gratos, gratos)
Não acredito que conseguimos (é um ponto de vista diferente)
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah!

[Beyoncé e JAY-Z

Críticos em perigo (somos perigosos)
Várias gangues (gangues)
35 correntes (correntes, correntes)
Eu não dou a mínima para a fama (não)
Jatinhos G8 (woo!)
Roupas Alexander Wang
Ela é uma vadia que você chama de sua (woo!)

Vocês não podem dominar meu reino (qual é, qual é, qual é)
Arrasando, estou arrasando, minhas amigas estão arrasando
Falamos com o traficante e pegamos tudo (pegamos tudo)
Tomando minha bebida preferida (bebida)
Fiquei tão bêbada que preciso de um Tylenol (Tylenol)
Eu liberto todo o meu povo (liberto todos)
Entro no carro, quero ver as estrelas (woo!)

Uh! Me livrando dos mísseis, enganando minhas inibições (yeah)
Paguei 250 mil no relógio Richard Mille, é, é, morando no campo (morando no)
Meu corpo faz o Jay-Z se ajoelhar
Cara, minha mãe é fiel, meu verdadeiro escudo (escudo)
Olhe minhas jóias, sou letal (letal)
Esses diamantes que uso são transparentes (transparentes)
Sou marciana, eles querem ser iguais a mim (iguais)
Estou cheia dos M's, como as roupas de Evisu

Me dê a pata, me passe a bola, seja o melhor (ela foi ao delírio)
Chamo minhas garotas e as coloco em uma espaçonave
Saia com a Yoncé uma noite e você ficará famoso (ei)
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah!

Beyoncé e Quavo]

Pego meu dinheiro rápido e vazo (rápido, rápido, vazo)
Veloz como uma Lamborghini (skrrt, skrrt, skrrt)
Estou saindo do palco, vadia (saindo, saindo, ei, ei)
É melhor a plateia aproveitar (plateia indo à loucura, ei)
Não acredito que conseguimos (não acredito que conseguimos) (isso é o que conseguimos, conseguimos)
É por isso que somos gratos (por isso somos gratos, gratos)
Não acredito que conseguimos (é um ponto de vista diferente) (conseguimos!)
Você já viu uma plateia ir à loucura? Rah!

Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
(Rápido e vazo) yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah"




Ufa! que tortura!



‘APESHIT’: o clipe cheio de significados de Beyoncé e Jay-Z

https://casavogue.globo.com/Colunas/Arte-do-Cinema/noticia/2018/06/apeshit-o-clipe-cheio-de-significados-de-beyonce-e-jay-z.html




Indústria cultural pedófila brasileira

Uma questão cultural deplorável da sociedade brasileira é a sexualização precoce de crianças e adolescentes. Na Indústria cultural brasileira, musical e televisiva, jovens são retratadas frequentemente de maneira sensual. E mulheres adultas, como estimulação de um fetiche, são infantilizadas em ensaios de nudez.

Vale ressaltar que em sociedades ocidentais capitalistas como a brasileira, a eterna juventude e beleza são padrões comportamentais idealizados. O funk como movimento cultural é legitimado e enaltecido por acadêmicos, lideranças políticas e sociedade como um todo, mas nos bailes as chamadas "novinhas" vão sem calcinha, bebem, fumam, "esfregam a buceta no chão" sentam, sentam, mamam...

Algumas feministas, sempre caindo em contradições, veem isso como um tipo de empoderamento. O que é uma conclusão bem curiosa, tendo em vista que as atitudes que elas acusam ser de objetificação são bem parecidas com as de empoderamento. O domínio sobre o próprio corpo e vontades é realmente libertário. Mas temos que perceber onde realmente começa a liberdade e onde as correntes da submissão, real objetificação sexual e estímulo à prostituição se tornam mais fortes e sutis.


Desde os anos 1980 e principalmente nos anos de 1990, os ídolos televisivos e modelos de sucesso são homens e mulheres cujo trabalho é pautado apenas por altas doses de sensualidade, vulgarização sexual e imbecilização. Ícones da bundalização são tratados como pensadoras contemporâneas ou se tornam conselheiros de Ministros da Educação (procurem o caso do Alexandre Frota). São fortes símbolos culturais do país, infelizmente.

Estilos musicais (atualmente meio fora de moda) como o axé baiano sempre apresentaram a sexualidade das músicas e coreografias como principal atrativo. Não se pretende ser moralista e não está sendo discutido a mediocridade artística dessas manifestações culturais, mas uma rápida busca no YOUTUBE podemos encontrar crianças dançando na boquinha da garrafa em programas dominicais dos anos 1990. Deplorável!

O que se observa é que o tipo de música, dança e atitude que geralmente eram apresentadas em casas noturnas hoje é entretenimento apresentado em horário nobre na televisão, pelas divas pop ou rappers. Nesse caso em escala planetária. O Hip Hop foi o estilo musical escolhido pelos grandes donos de gravadoras e corporações para ser o gênero musical mais lucrativo a partir dos anos 2000. E este é um influenciador do funk ostentação das periferias paulistas.

A música pop da atualidade é chamada por vários outros artistas como "POP PORN", o pop pornô, pois toda sua roupagem musical, comportamental e visual segue as mesmas regras da indústria pornô. Não precisa ser muito esperto pra perceber isso. Mas basta ser um hipócrita para negar. Provavelmente o exemplo mais famoso do momento da exploração e incentivo à sexualização infantil seja o caso da "cantora" mirim Mc Melody, que começou a aparecer no funk aos 8 anos, já sexualizada e hoje está com 13 anos.

Vale ressaltar que o youtuber mais famoso e influente do Brasil fazia vídeos "react", reagindo aos videos sensuais da MC Melody, com um tom de reprovação caricato, levando tudo na brincadeira. E ajudando na divulgação, apesar de algumas críticas de algumas pessoas para com a atitude do pai empresário da menina. Hoje, no entanto, o tal youtuber, Felipe Neto, faz discurso moralizante.


Esperamos que mudanças sociais, políticas e culturais ocorram e que as crianças e adolescentes, muitas em situação de abandono nas periferias e favelas, possam viver como modelos saudáveis de comportamento. Que a sociedade pare de se divertir com a sexualização hiper precoce de seus jovens cidadãos. Que os setores progressistas parem de defender criminosos e que traficantes deixem de se tornar a influência poderosa que são.


"Transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro...



BONUS TRACKS:

Crianças estão senso sexualizadas pela música pop porn:

Beyoncé: Música pop ou Pornô?

Billy Corgan, vocalista do Smashing Pumpkins afirma que a música pop atual é irrelevante e porque pode ser considerada como Pop Porn (pornô pop).


Descriminalizar a pedofilia? O funk e suas novinhas.




A Esquerda não têm um projeto de lei que tenta descriminalizar a pedofilia, como afirmou o Presidente Jair Bolsonaro, mas a partir do momento que uma considerável parcela apoia, inclusive por meio de acadêmicos de humanas, o funk e demais manifestações culturais que de alguma forma, incentivam a hiperssexualização de crianças e pré-adolescentes, ela está (in)diretamente incentivando a sexualização precoce de crianças e os atos de pedofilia. Sejam eles cometidos por pedófilos ou abusadores ocasionais.
Praticamente a maior parte dos artistas de música pop no Brasil só vendem sexo, bebedeira e ostentação financeira. Os jornais de fofoca produzem diariamente matérias ressaltando corpos, uso de roupas sensuais etc de "artistas". Os funks só falam sobre as "novinhas" e onde e como "elas vão sentar".

A Esquerda defende tudo isso, pois "é a cultura do povo". Nas redes sociais, as divas empoderadas estão frequentemente seminuas ou se empoleirando em poses sexuais. No cenário internacional, a música pop e o Hip Hop já são chamados há um bom tempo e por várias pessoas de "Pop Porn".

Quero deixar claro que não sou contra a sexualidade, sensualidade, erotismo, nem que tudo isso não possa estar presente em manifestações artísticas. O problema é quanto tudo vira apenas pornografia e é consumida naturalmente por crianças desde muito cedo. E sempre aparece algum defensor da Esquerda pra chamar atenção dizendo sobre os perigos das generalizações, "porque não existe apenas uma esquerda", etc...

Eu sou contra generalizações, mas como essas pessoas adoram estatísticas, eu ainda não vi um número substancial de pessoas identificadas com o progressismo criticando metade dos problemas que ressaltei. Pelo contrário, defendem com unhas e dentes a "cultura legítima do povo", usando as formas de expressão desses grupos, eles costumam"passar pano" . Na medida em que, qualquer crítica ao funk e seus discursos questionáveis é visto como "racismo", "preconceito".

Nessa semana, o rapper Emicida, em uma entrevista no programa Roda Viva, afirmou que o Rap fala sobre o crime, sobre a vida em comunidades, mas não exalta esse tipo de vida. Obviamente, que o Rap ganhou notoriedade por seu caráter de denúncia e contestação social, mas negar a quantidade de "músicos" que fazem apologia ao crime, ao uso de drogas e a sexualização de jovens é uma atitude ridícula.





BONUS TRACKS:

Bolsonaro diz que esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia