O controle e a escolha muitas vezes arbitrária de padrões de beleza acabam por fazer com que as mulheres sintam-se obrigadas a enquadrar seus corpos no dito padrão. Mas talvez não percebam que suas mentes foram enquadradas e padronizadas primeiro. E os homens que valorizam e se excitam apenas com certo modelo estético talvez não tenham consciência que perderam o controle de sua própria libido.
Isso é lamentável porque escravidão tem limite. O photoshop não é O vilão, mas sim uma das estratégias de controle industriais. Não digo “O” vilão porque senão caímos nos ultrapassados discursos maniqueístas que eu abomino. Não existem heróis e vilões, mas conflitos de interesses que mesmo que não estejam focados somente em questões econômicas acabam sempre se manifestando também dessa maneira.
Acredito que com equilíbrio (quase) tudo pode ser experimentado, usado, apreciado. E vale ressaltar que o fator dinheiro pode transformar qualquer coisa, para o bem e para o mal. Não acho a aplicação de silicone algo condenável se uma mulher não tiver busto algum e se sentir mal com isso. Portanto, ser ESCRAVA alienada de padrões está fora de moda!
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O pior é que nos últimos tempos o "Photoshop mental" tem atingido mentes masculinas também... Embora ainda seja mais fácil encontrar por aí uma garota linda com um cara desfavorecido esteticamente rsrs......
ResponderExcluirA indústria da moda e da estética percebeu, até muito tarde que além das mulheres os homens e crianças podem ser alucinados consumidores de seus padrões e produtos "personalizados". Realmente o Photoshop mental é um controle sobre todos.
ResponderExcluirPhotoshop mental está realmente influenciando a praticamente todos... muitos homens estão ficando mais "seletivos" com seus padrões de beleza para mulheres... eu diria até "enjoados".
ResponderExcluirDesenvolva mais a questão Helena?
ExcluirRoger, concordo que as mentes das mulheres foram padronizadas por esse novo conceito de beleza, que abrange desde o estar esteticamente "perfeita" a buscar corrigir o que está fora de padrão a qualquer custo. Na real, nós mulheres que impomos a nós mesmas essa condição... é uma espécie de transtorno mental que tomou conta da sociedade. Desde quando ser bonita é estar em algum parâmetro? Beleza é algo totalmente relativo. Quantas cirurgias plásticas poderiam ser evitadas se as pessoas se aceitassem como são, parassem de se comparar com um modelo imposto pela mídia. Tudo bem melhorar o que não está te agradando e se cuidar, não condeno vaidade... mas tudo em excesso causa danos. Como tu mesmo disse, não dá para ser desleixada, mas virar uma escrava dessa condição é algo até humilhante se for pensar.
ResponderExcluirAntes de mais nada, obrigado pela participação Fernanda. Sem dúvida beleza é algo relativo e subjetivo. O que pode ser bonito para mim pode não ser pra você. Acho que a padronização estética e até comportamental anula as particularidades de cada pessoa. Porque os padrões vendidos não são apenas estéticos, antes de mais nada são comportamentais, ideológicos. Além das mulheres buscarem se enquadrar em um tipo de corpo (por exemplo, o das quase deformadas mulheres bombadas) elas reproduzem a mesma atitude e postura (olhar fatal, sedutor, arrogante etc). Acontece que os homens (heteros ou não) não escapam disso. Como eu disse no texto: ''E os homens que valorizam e se excitam apenas com certo modelo estético talvez não tenham consciência que perderam o controle de sua própria libido".
ExcluirVocê afirmou que muitas cirurgias plásticas poderiam se evitadas, mas a propaganda de certos padrões estéticos não estaria diretamente relacionado aos milhões gerados pelo supermercado da busca da "perfeição''? Se parar para pensar friamente parece que todo esse sistema trabalha para tornar as pessoas frustradas. Necessidades são criadas e as pessoas caem ''felizes'' nas armadilhas.
O pior é a transformação na mente dos homens, que, ou só valorizam as mulheres que estão no padrão, ou ficam tão obcecados com seu próprio corpo que se esquecem das suas mulheres D= *triste*
ResponderExcluirTanto os homens como as mulheres. Adultos, adolescentes e crianças, Renata. Todos são possíveis cobaias da programação cerebral.
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