JollyRoger 80´s

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

O líder político e o culto à personalidade

Um líder político pode ser construído da mesma forma que um artista pop ou demais celebridades. Não precisa ter necessariamente talento nem autenticidade. Mesmo a falta de carisma pode ser contornada. As massas ficam em êxtase por seus candidatos como membros de torcidas (des)organizadas de futebol ou fãs ingênuos de boy bands.

O líder político geralmente é alçado como uma espécie de salvador e se apresenta como um produto a ser consumido, como tantos outros. Um dos métodos mais eficientes de propaganda na construção de um líder, de um ídolo, do bom produto é fazer com que os consumidores carentes se identifiquem com ele. Isso é algo básico.

Ao mesmo tempo deve-se trabalhar na criação de certa aura intocável e transcendental da liderança, de forma que, ao mesmo tempo que as massas se enxerguem no líder, elas também percebam nele algo mais elevado. As massas são convencidas por meio da emoção, apesar de acharem que usam da racionalidade. Nada mais triste que um idiota esclarecido. Em períodos políticos conturbados os cidadãos se percebem ainda mais desamparados.

Não é uma regra, mas as pessoas se sentem muito fortes quando imersos em grandes multidões, como por exemplo no meio de torcidas, cultos religiosos e comícios políticos. Gritando palavras de ordem iguais, postando estandartes e uniformizados. É assim que o ''indivíduo'' massificado sente-se mais confortável. O líder político acaba exercendo um papel de figura paterna ou materna e está moldado o culto à personalidade.



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