Um líder político pode ser construído da
mesma forma que um artista pop ou demais celebridades. Não precisa ter
necessariamente talento nem autenticidade. Mesmo a falta de carisma pode ser
contornada. As massas ficam em êxtase por seus candidatos como membros de
torcidas (des)organizadas de futebol ou fãs ingênuos de boy bands.
O líder político geralmente é
alçado como uma espécie de salvador e se apresenta como um produto a ser
consumido, como tantos outros. Um dos métodos mais eficientes de propaganda na construção de um líder,
de um ídolo, do bom produto é fazer com que os consumidores carentes se
identifiquem com ele. Isso é algo básico.
Ao mesmo tempo deve-se trabalhar na
criação de certa aura intocável e transcendental da liderança, de forma que, ao
mesmo tempo que as massas se enxerguem no líder, elas também percebam nele algo
mais elevado. As massas são convencidas por meio da emoção, apesar de acharem
que usam da racionalidade. Nada mais triste que um idiota esclarecido. Em
períodos políticos conturbados os cidadãos se percebem ainda mais desamparados.
Não é uma regra, mas as
pessoas se sentem muito fortes quando imersos em grandes multidões, como por
exemplo no meio de torcidas, cultos religiosos e comícios políticos. Gritando
palavras de ordem iguais, postando estandartes e uniformizados. É assim que o
''indivíduo'' massificado sente-se mais confortável. O líder político acaba
exercendo um papel de figura paterna ou materna e está moldado o culto à personalidade.
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