A propagação excessiva de lixo cultural nos últimos anos 30 anos fez/faz com que os artistas do passado fiquem quase que desconhecidos do público atual e ao mesmo tempo relega os bons do presente ao ambiente underground. Existem atualmente vários artistas e bandas (brasileiras inclusive) confeccionando um material interessante por aí. Em se tratando do Brasil, a internet possibilita o conhecimento de grandes obras de um passado não tão distante, ao mesmo tempo que torna possível o descobrimento de talentos.
Mesmo com material disponível fica praticamente impossível disputar com ''celebridades'' escolhidas por grupos poderosos do entretenimento industrial. Sempre foi um escolha lucrativa e confortável investir em ''artistas'' produtos, pessoas medíocres que produzem material vendável e inofensivo. Lembrando que inofensivo à estrutura social, mas não aos neurônios. Infelizmente, junto com a mídia canibal, os jovens cientistas sociais são propagadores de um discurso que enaltece ainda mais a música comercial, padronizada, imbecilizante e de qualidade questionável.
A Qualidade é péssima e a difusão extrema. Muitos sociólogos e historiadores imersos nesse pensamento pós moderno de relativização ao extremo são incapazes de dizer que algo é ruim. A música pop desde meados dos anos 1990 parece que caiu de vez nas mãos de empresários e virou algo massificado e sem substância. Isso tanto no âmbito nacional como internacional. Nem todo mundo que sobe em um palco é um artista. A arte faz o espectador crescer, transcender. E o que vemos hoje é o enaltecimento exagerado de profissionais do entretenimento. Tudo é igual e massificado. Ou existe mesmo diferença entre tantos grupos de pagode, axé, funk, sertanejo?
Não precisamos apenas ouvir música ''antiga'', mas prestar mais atenção em coisas que são produzidas com a alma e que toquem de verdade o coração. Não podemos consumir sem nenhum senso crítico e sensibilidade o que nos é empurrado goela abaixo! Precisamos abandonar essa postura cretina, de quatro para o corporativismo opinativo e o politicamento correto. Usar os ouvidos de verdade, espalhar o que há de bom! E quem sabe, seja possível reconstruirmos nossos parâmetros e retomarmos nossa consciência estética.
Gostei. Um abraço
ResponderExcluirMuito bom!
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