JollyRoger 80´s
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Nelson Rodrigues
(Texto de Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
Funarte abrirá exposição que relembra momentos da vida e carreira do grande dramaturgo brasileiro
O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues completaria em 2012, cem anos de idade. Mas ele nos deixou há 32 anos e nos legou além de histórias ricas, registradas em seus livros, fatos e imagens de uma vida intensa.
Para comemorar a data, a Fundação Nacional de Artes (Funarte), instituição vinculada ao Ministério da Cultura, abrirá a partir de 31 de janeiro, a exposição Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico – com um acervo de fotos, textos e objetos pessoais que revelarão ao visitante um pouco mais da vida e da obra do escritor teatral.
A exposição será instalada na sala Aloísio de Magalhães do teatro Glauce Rocha (Avenida Rio Branco, centro, Rio de Janeiro).
O acervo da exposição, cedido pelo Centro de Documentação da Funarte (Cedoc), é formado por textos do próprio autor, de diretores de teatro, matérias de jornal, programas das peças, críticas, desde a sua estreia no teatro com A Mulher Sem Pecado até A Serpente, sua última peça.
Fotografias da época estarão em painéis deslizantes que levarão os visitantes a um passeio pelo que o próprio Nelson Rodrigues chamou de “O Teatro Desagradável”: as peças Psicológicas, as Míticas, chegando às Tragédias Cariocas.
Nelson Falcão Rodrigues foi um importante dramaturgo, jornalista e escritor brasileiro, tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Nascido em Recife, Pernambuco, no ano de 1912, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Com apenas 13 anos começou sua carreira de jornalista, trabalhando no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai Mário Rodrigues.
Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso mesmo veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista em nossos palcos.
A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo, apesar de suas peças serem taxadas muitas vezes como obscenas e imorais. Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Faleceu em 1980, no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/27/100-anos-de-nelson-rodrigues/
Abaixo, algumas das melhores frases de Nelson Rodrigues.
"Não há nada mais relapso do que a memória. Atrevo-me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras."
"Qualquer indivíduo é mais importante do que a Via Láctea."
"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'."
"Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento. É uma ressentida contra si mesma."
"O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da imaturidade."
"Assim como há uma rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, rua Traidores da Pátria."
"Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam."
"Toda unanimidade é burra."
"Toda mulher gosta de apanhar."
"O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade."
"O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."
"Amar é ser fiel a quem nos trai".
"Todas as mulheres deviam ter catorze anos"
: )
Fonte: http://pt.wikiquote.org/wiki/Nelson_Rodrigues
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Interessante postagem sobre Nélson, conhecido por muitos como aquele ''tarado''. Rs. Já li muita coisa dele, mas ainda não é o bastante.
ResponderExcluirSei dizer que apesar de sua fixação nos podres da burguesia em suas obras, a qualidade das mesmas é inquestionável.
Ana.