Policiais civis e agentes penitenciários do Rio de Janeiro fizeram uma
paralisação por causa de salários atrasados e demais melhorias. Sempre
achei que policiais em greve era algo restrito aos filmes do ROBOCOP.
No primeiro filme de 1987, a força policial de Detroit não era mais
responsabilidade do Estado, mas sim de uma organização empresarial
privada, a OCP.
A OCP investia em produtos de consumo,
controlava políticos, era fornecedora de armas para militares e também
tinha negócios imobiliários. Os executivos da OCP não melhoravam as
condições dos policiais por alguns motivos:
1° Eles queriam a
degradação cada vez mais rápida da velha Detroit. Quando a decadência e
crise saíssem do controle do governo municipal, a OCP poderia derrubar
os velhos bairros e construir uma nova e moderna cidade para os ricos, a
Delta City.
2° Com a força policial não dando conta do
crescimento da criminalidade, a OCP começaria a utilizar um robô para
patrulhamento urbano, o ED-209. Este depois de passar pelo teste de
guerrilha urbana seria vendido para os militares (funcionando bem ou
não). Vale ressaltar que o vice-presidente da OCP tinha ligações com um
dos maiores criminosos da cidade.
Essa trama absurda só
poderia estar em um filme mesmo! Afinal, em nenhuma cidade do Brasil,
governantes e empresários estariam interessados em especulação
imobiliária, favorecimento de áreas nobres em detrimento dos subúrbios e
áreas periféricas, não pagamento de funcionários públicos e mais armas e
menos educação para combater a criminalidade, não é mesmo? (...)
Coerente o remake de Robocop ter sido dirigido pelo brasileiro José
Padilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário