JollyRoger 80´s

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Cultura de Massa para massas falidas

Um dos grandes problemas da cultura de massa na atualidade é que faltam valores, referências e autenticidade. Concordo que ''sucesso'' não é sinônimo de qualidade, mas também isso não quer dizer que tudo que está incluído em uma cultura de massa não tenha valor artístico. No entanto, tenho a impressão que grande parte do que é produzido hoje é puramente e mais do que nunca, comercial, no pior sentido do termo, seja no Brasil como no exterior.

Acho que houve uma grande ruptura da segunda metade da década de 1990 em diante, com o retorno das boys e girls bands (como Backstreet boys e spice girls) e massificação do hip hop, que atualmente é uma das maiores aberrações culturais. Muito longe em termos de qualidade sonora e artística da fantástica música negra produzida nos anos 1960 e 1970 por nomes como Quincy Jones, por exemplo.

No Brasil, a produção de nossa indústria cultural se deu pela dominação do axé, pagode, sertanejo e o por fim, o funk, ali comendo pelas beiradas.

Hoje, o chamado sertanejo universitário, que é a ultra comercialização e imbecilização da música caipira, o pavoroso funk ostentação e o gospel têm dominado as paradas de sucesso. A venda e comercialização de CDs se tornou algo totalmente secundário e a internet é o principal canal de comunicação entre os profissionais do entretenimento e seus públicos! Na música pop vemos o sucesso assustador de boy bands coreanas.

Reitero que o problema não é (totalmente) o estilo (também é), mas a baixa qualidade e a, na minha visão, falta de autenticidade desses grupos e "artistas" (aos quais eu prefiro chamar de profissionais do entretenimento. Claramente grupos criados por super produtores com músicas de baixa qualidade, performances de palco com atitudes superficiais, excesso de dança e coreografias e telões. Muita informação e pirotecnia para disfarçar os astros sem substância que pulam no palco.

E quanto aos relativizadores pós-modernos que afirmam que não podemos comparar diferentes formas de arte, nem fazermos juízos de valor sobre os diferentes graus de qualidade e importância das mesmas... sem paciência para eles!


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