Conversando com um militante (sim, eu tenho paciência) sobre o vídeo da Beyoncé fui informado que minha crítica era irrelevante sobre esse assunto. Porque não sou negro e público alvo do filme Black is King. Não sabia que uma produção da Disney (!) era algo de nicho, para um público específico. Assim como não deve interessar para Beyoncé a cor de seu público, contanto que seja verde o dinheiro que vai comprar os diamantes de sua princesinha.
Se minha opinião é irrelevante, como tantos falaram, isso só confirma que a maioria usa o tal "lugar de fala" para desconsiderar ideias. Hoje em dia é preciso coragem para se posicionar contra tentativas de censura e ir contra a corrente. Meu artista favorito desde sempre é Michael Jackson. Tenho vinis, cds, dvds, livros. Anos atrás, sem internet, traduzi todas as letras de suas músicas com auxílio de um dicionário. Até hoje escrevo longos textos tentando elucidar pessoas sobre as acusações falsas que ele sofreu em vida.
Mas pelo raciocínio dos Beyonceteiros e de pessoas do movimento negro eu não estou qualificado a expor uma análise sobre MJ porque não sou negro. Mesmo conhecendo, gostando mais do que muita gente e sabendo analisar criticamente.
A cor da pele não é um impedimento natural para que ocorra a conexão e entendimento entre um fã e um artista. E se a liberdade de expressão fosse um passo de dança, ela seria um Moonwalk.
Por fim, falo e escrevo sobre o assunto que eu quiser, como, sobre, com quem e contra o que eu quiser. Isso é um direito inviolável e que, na minha opinião, deve ser usado principalmente quando temos algo a acrescentar. Não pertenço a nenhuma facção militante, religião ou partido político e nenhum desses vai impor limites ao meu pensamento.
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