JollyRoger 80´s

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sábado, 14 de julho de 2012

Dredd e o espetáculo estético da violência



O Cinema (especialmente o norte-americano) está se especializando cada vez mais em tornar a violência um espetáculo estético. Socos, tiros e pontapés tornam-se um balé da barbárie e alimentam psicologicamente os desejos naturais de combate do indivíduo domesticado. Vale ressaltar que, enquanto faces são deformadas em slow-motion, os tão naturais seios e bundas tornam-se cada vez mais escassos no cinema "sério". Quando os impulsos sexuais são anulados toda a energia do homem é direcionada para a guerra. Nada contra um filme onde a violência está contextualizada até porque existem ótimos filmes de ação e de artes marciais. 




Mas a naturalização da violência e a censura de outras atividades (como o sexo) é algo curioso de ser observado.
 
Em tempo, o filme Dredd é fantástico. 






O trailer é bem interessante. O filme anterior "Judge Dredd" (1997) com o Sylvester Stallone foi um verdadeiro desperdício apesar do ótimo vilão vivido por Armand Assante.




(continua)

2 comentários:

  1. Seu comentário me lembrou de um texto do Cyrano de Bergerac, no século XVII, em que um dos personagens questiona por quê os homens da época ocultavam seus pênis que são instrumentos de vida, mas se orgulhavam em exibir suas espadas, instrumentos de morte...

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  2. Exatamente! Os homens tem vergonha do pênis por geralmente estarem insatisfeitos com seu formato ou tamanho. Enquanto complexados alguns tornam-se impotentes ou desenvolvem uma série de dificuldades que os impedem se gozar uma saudável vida sexual. Tentam compensar com suas armas, automóveis caros. Ou seja, com bens materiais. Belas mulheres acabam por tornar-se objetos de consumo e são exibidas também como conquistas materiais e reafirmação do tão escondido (e às vezes não funcional) pênis.

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