JollyRoger 80´s

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ROBOCOP no Rio de Janeiro

Policiais civis e agentes penitenciários do Rio de Janeiro fizeram uma paralisação por causa de salários atrasados e demais melhorias. Sempre achei que policiais em greve era algo restrito aos filmes do ROBOCOP. No primeiro filme de 1987, a força policial de Detroit não era mais responsabilidade do Estado, mas sim de uma organização empresarial privada, a OCP.

A OCP investia em produtos de consumo, controlava políticos, era fornecedora de armas para militares e também tinha negócios imobiliários. Os executivos da OCP não melhoravam as condições dos policiais por alguns motivos: 

1° Eles queriam a degradação cada vez mais rápida da velha Detroit. Quando a decadência e crise saíssem do controle do governo municipal, a OCP poderia derrubar os velhos bairros e construir uma nova e moderna cidade para os ricos, a Delta City.

2° Com a força policial não dando conta do crescimento da criminalidade, a OCP começaria a utilizar um robô para patrulhamento urbano, o ED-209. Este depois de passar pelo teste de guerrilha urbana seria vendido para os militares (funcionando bem ou não). Vale ressaltar que o vice-presidente da OCP tinha ligações com um dos maiores criminosos da cidade. 

Essa trama absurda só poderia estar em um filme mesmo! Afinal, em nenhuma cidade do Brasil, governantes e empresários estariam interessados em especulação imobiliária, favorecimento de áreas nobres em detrimento dos subúrbios e áreas periféricas, não pagamento de funcionários públicos e mais armas e menos educação para combater a criminalidade, não é mesmo? (...) Coerente o remake de Robocop ter sido dirigido pelo brasileiro José Padilha.

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