JollyRoger 80´s

JollyRoger 80´s

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Star Trek. A série que foi aonde nenhum programa de TV foi antes!



Um dos temas de pesquisa mais instigantes é o estudo da possibilidade de desinformação em processos informativos e da manipulação excessiva de informação. Aliada à análise da indústria cultural e da manipulação ideológica do cinema. O público do cinema, assim como o do jornalismo televisivo ou o de notícias na internet não é totalmente passivo, mas os produtos ausentes de profundidade são justamente os que ocupam maior espaço na mídia.

O cinema assim como a televisão oferece em demasia entretenimento de diversos tipos. Na medida que produzem muito, industrialmente, torna-se complicado manter um alto nível, principalmente se este não for o principal objetivo. A sociedade como um todo pode estar "desinformada" devido à informação manipulada, residual ou pelo excesso. 

São produzidas, por exemplo, diariamente na TV conteúdos de importância questionável (notícias sobre novelas, vida de famosos, criação de sub-celebridades) que são consumidos compulsivamente em nome do entretenimento. Não se deve, porém ignorar a proporção que a televisão alcançou nas últimas décadas com o aumento da qualidade "técnica" dos programas. Na atualidade muitas séries televisivas apresentam nível cinematográfico e são tão bem-sucedidas no mercado de DVDs como os filmes feitos para o cinema.

As séries televisivas e filmes desde seus primórdios fornecem combustível para o imaginário de seus apreciadores e tornam-se clássicos da cultura pop em diferentes contextos e por diferentes motivos. Ambos são meios correspondentes tendo em vista o número de artistas que iniciam suas carreiras na televisão posteriormente ingressando no cinema. Vale ressaltar que as mais famosas séries televisivas de sucesso ganharam versões cinematográficas e assim como os filmes, esses produtos feitos para a televisão podem revelar muito a respeito do contexto histórico de sua produção.


"Star Trek" ou Jornada nas Estrelas é uma das mais famosas séries de ficção-científica da televisão. Foi concebida por Gene Roddenberry e estreou em setembro de 1966 pela emissora NBC. Apresentava as aventuras da tripulação da nave espacial "USS Enterprise" que explorava o universo à procura de novos mundos e civilizações.

Além de batalhas siderais seus roteiros pretendiam dar ênfase a tolerância política e racial, explícitas na variada tripulação da nave, formada por personagens (e atores) de diferentes nacionalidades. Em pleno período de Guerra Fria um dos personagens, Pavel Checov, era russo.

Os episódios pregavam o antibelicismo (apesar de ocorrer lutas em praticamente todos os episódios) e a não-interferência na cultura e evolução de outros povos. Os duelos idealistas eram travados principalmente pelo trio central de personagens, o Capitão Kirk (William Shatner), o Sr. Spock (Leonard Nimoy) um vulcano (raça alienígena que preza a lógica) e o médico passional Dr. McCoy (DeForest Kelley). 


Em 1979 iniciou-se a franquia cinematográfica de "Star Trek" contando com todo elenco original da antiga série e em 1986 esta saga chegava ao seu 4° capítulo, Jornada nas Estrelas IV- A Volta para Casa (Star Trek IV- The Voyage Home). Este apresenta uma temática ecológica interessante que remete a um assunto crucial dos dias atuais que é a ecologia, o risco de desaparecimento de espécies animais e vegetais e o desenvolvimento sustentável. 


A série e franquia cinematográfica "Star Trek" são produtos culturais que trataram de assuntos pertinentes da época de sua produção, além de "antever" questões futuras, como o surgimento de tecnologias que se tornaram quase banais na atualidade (como o telefone celular). Configuram-se em mais um exemplo do poder dos produtos da Indústria Cultural, de sua influência e da necessidade de sua análise como meio de compreensão do mundo em que vivemos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário