JollyRoger 80´s

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Billy Graham e a origem das Pregações Midiáticas


Os evangélicos entenderam como nenhum outro grupo os métodos eficientes de se trabalhar com lógica empresarial. O pregador batista Billy Graham foi o precursor dos pastores midiáticos quando estreou seu show semanal de rádio em 1950. O programa "Hora da decisão" tornou-se um fenômeno com milhões de ouvintes e abriu caminhos para que Graham construísse um império de comunicação.

Sua mensagem ainda é difundida por meio de revistas, livros e uma extensa agenda de pregações pelo mundo, que ele batizou de Cruzadas. A carreira meteórica de Graham teve ajuda fundamental do famoso magnata das comunicações William Randolph Hearst, que viu no pregador um potencial produto para as massas.



O popular Graham converteu muitas pessoas famosas e mantinha estreitos laços de amizade com políticos como Richard Nixon, Bill Clinton e o mundialmente adorado George W. BUSH. Ele simplesmente foi conselheiro dos últimos 11 Presidentes norte-americanos. Pode-se apenas imaginar os direcionamentos da política externa dos Estados Unidos os quais Graham e Deus foram favoráveis.



Nas últimas décadas essa corrente religiosa se espalhou pelo mundo, inclusive com grande sucesso (é claro!) no Brasil, onde grande parte dos horários na programação nos canais da TV aberta é destinada à intensa e mercadológica pregação de diversos tipos de Igrejas evangélicas (ou neo-pentecostais). Seguindo uma coesa lógica empresarial e estratégias convincentes de marketing a religião e a fé são propagadas industrialmente.





Muito perigosos. Todos eles.

A Cientologia é também um exemplo de movimento religioso que se utiliza de meios de comunicação e das estratégias da indústria cultural para se vender como mercadoria. Esta foi fundada na década de 50 por um escritor de ficção-científica estadunidense chamado L. Ron Hubbard. O escritor ficou famoso com a publicação do livro sobre a Dianética, uma espécie de psicoterapia, que já foi acusada de não-científica.

A Cientologia apresenta idéias sobre Impérios Galácticos de milhões de anos e sua influência na formação da humanidade. O fato de ser vista com desconfiança (pra variar!) não a impede de ganhar mais adeptos todos os anos. Famosos e influentes personalidades de Hollywood, como os atores Tom Cruise e John Travolta estão entre seus adeptos.



No começo da década de 2000 o ator John Travolta produziu para os cinemas uma adaptação do best-seller de L. Ron Hubbard (fundador da dita seita) "Battlefield: Earth" (em terra brasilis a película foi nomeada como "A Reconquista"). Esse projeto pessoal de Travolta, membro fiel da Cientologia, foi um retumbante fracasso em todos os sentidos.

Reflitam mais um pouco assistindo esse fantástico vídeo do Genesis que explica a situação de uma maneira visual e musical primorosa.




Você gostaria de saber mais?
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Religião no supermercado cultural dos Estados Unidos




Gordon Mathews em "Cultura global e identidade individual: à procura de um lar no supermercado cultural" admite a religião como um aspecto importante na cultura norte-americana desde a fundação da nação. Empreendeu um estudo objetivando explorar a diversidade da crença religiosa nos Estados Unidos e para isso entrevistou pessoas de diferentes grupos e crenças. Ele acredita que seus depoimentos caracterizam alguns padrões dos sentidos norte-americanos contemporâneos de identidade cultural.

Uma das questões de seu trabalho consistia na análise da cultura nacional versus supermercado cultural global. Existiria uma verdade absoluta para os norte-americanos? Ou a verdade seria algo relativo? A verdade seria uma construção do homem? Esses são alguns de seus questionamentos.

A disputa pode ser resumida como “verdade versus gosto” (...) a busca da religião (...) pode estar mais próxima de um hobby, uma busca pessoal de sua própria verdade que outras pessoas não precisam compartilhar?”

Mathews afirma que se debruçou sobre a religião, pois a mesma daria forma à idéia do embate entre a verdade versus gosto, ao qual o autor considera ligado ao conflito de cultura particular versus supermercado cultural global. Os princípios do consumismo no supermercado cultural são os princípios culturais da livre escolha individual. Aliado ao fato do poder em escala global dos Estados Unidos em forjar imagens culturais e consumo cultural.

Na pesquisa ele afirma que alguns cidadãos acreditavam que os Estados Unidos eram uma nação cristã que esqueceu sua essência. Outros afirmaram a ideia do supermercado cultural, onde qualquer um pode escolher diretamente das prateleiras o que lhe trouxer prazer. Mesmo a religião torna-se um produto, assim como a cultura na sociedade de consumo. 

Desde o começo do século XIX a rigorosa tradição puritana de Massachusetts (que dava sentido religioso da nação) foi cedendo espaço a valores do Iluminismo francês, por exemplo e suas idéias de um Deus ligado à Razão. Os fundadores da Nação preocupavam-se em manter a linguagem da Bíblia na vida americana e principalmente estabelecer a idéia da “América” como uma nação fundada divinamente, como um referencial e guia para outras nações do mundo. 

No decorrer do século XIX o Cristianismo foi tornando-se diluído e o Darwinismo foi crucial para o surgimento do agnosticismo anos depois da Guerra Civil. Com o advento da revitalização protestante num país cada vez mais comercial, vender religião torna-se algo naturalizado.

"A revitalização... empurrou a religião americana para dentro do supermercado da cultura... A intenção era salvar algumas almas, mas de forma atrevida que atirou a religião em uma competição vale-tudo pela atenção das pessoas".


Os Estados Unidos contém uma grande diversidade de grupos religiosos. Assim como em um supermercado, um mesmo produto é oferecido por diversas empresas. A religião enquanto instrumento formador de identidades também acabou por tornar-se um produto de uma Indústria cultural. Enquanto inserida num contexto midiático ela pode ampliar sua influência, adquirir novas formas de propagar ideias e aumentar consideravelmente sua participação política. 


Admitindo a transformação dos Estados Unidos de uma nação cristã para uma nação aberta a todas as religiões do mundo, Gordon Mathews conclui que ocorreu uma mudança da verdade para o gosto, como marca dominante da religião no país. Pois, com tantos caminhos e opções possíveis é difícil alguém se afirmar como dono de alguma verdade. Os Estados Unidos seriam então a terra dos sonhos do consumo cultural onde a felicidade almejada pode estar disponível em prateleiras de supermercado.



*Esse texto é parte integrante do trabalho "Identidade cultural e Religião no Mercado Cultural"

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Identidade na Pós-Modernidade



As velhas identidades estão em queda vertiginosa. O contexto atual é o de emergência de novas identidades e profunda fragmentação do indivíduo. É a chamada "crise de identidade" que insurge abalando as antes estáveis e seguras estruturas das sociedades modernas. O objetivo de Stuart Hall no capítulo "A identidade em questão" em sua obra “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade” foi o de investigar questões acerca da identidade cultural na modernidade tardia, assim como avaliar a real existência de uma crise de identidade e no caso, que caminhos ela estaria tomando.

As sociedades modernas passaram por mudanças estruturais no final do século XX. Esse diferente tipo de mudança estaria fragmentando as antes sólidas classificações de raça, sexo, etnia, nacionalidade que construíam e definiam os indivíduos. Ou seja, as identidades modernas estariam em colapso.

O sujeito torna-se fragmentado, composto por várias identidades. Muitas vezes essas identidades são contraditórias ou até mesmo não-resolvidas. Tudo isso devido às mudanças estruturais e institucionais que produz o sujeito pós-moderno, que veste diferentes identidades dependendo do momento ou da necessidade.

Douglas Kellner em seu livro "A Cultura da mídia" no capítulo "Televisão, propaganda e construção da identidade pós-moderna" afirma que segundo o folclore antropológico e sociológico, a identidade nas sociedades tradicionais era algo pétreo e estável onde os indivíduos viviam inseridos em sistemas fixos. Na modernidade ela torna-se múltipla, reflexiva e sujeita à uma série de mudanças.

Da mesma maneira que Hall, ele cita G.H. Mead, que assim como Hegel e outros teóricos da identidade caracterizam a identidade pessoal em termos de reconhecimento mútuo. Ou seja, a identidade de alguém está intrinsecamente ligada ao reconhecimento de outras. Portanto,na modernidade o outro é um referencial poderoso para a afirmação da própria identidade.



A ansiedade constante é caracterizada pelo autor como uma das questões do eu moderno. Esse indivíduo nunca estaria convicto de suas decisões ou da escolha de sua "verdadeira" identidade.  Nesse contexto de constante renovação algumas formulações chegaram a afirmar que a modernidade significou a destruição impiedosa das antigas formas de vida, valor e identidade, tendo como conseqüência direta a criação de novas formas.

Kellner observa que a identidade pode passar por um processo de cristalização onde o indivíduo se encontraria entediado e cansado daquilo que ele é ou se tornou. Percebe-se preso a uma série de papéis (muitos destes conflitantes), expectativas e desgastadas relações sociais. A identidade na modernidade seria algo cada vez mais problemático.


Nas sociedades de consumo onde a mídia tem grande abrangência essa identidade fixa-se ao modo de ser, a aparência pessoal.  O indivíduo encontra-se "obrigado" a ter seu próprio estilo, mesmo que muitos tipos de estilos sejam provenientes da cultura do consumo. Ou seja, estão embalados, padronizados e prontos para venda. Paradoxalmente, a procura pela individualidade acaba por formar grupos bem definidos. 

Kellner preocupou-se em explicar como a noção de identidade é construída na teoria pós-moderna e investigar a possibilidade de distinguir a identidade moderna da pós-moderna.  De acordo com as teorias pós-modernas a identidade tornou-se cada vez mais frágil na medida em que os indivíduos tornaram-se mais fragmentados. 

Esse processo é resultado do aumento da complexidade das sociedades e tanto os teóricos modernos (como os da escola de Frankfurt) como também os pós-modernos acreditam que essa fragmentação seja resultado do nivelamento das individualidades na nova sociedade consumista, racionalizada e influenciada pelos meios de comunicação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Propaganda política nas histórias em quadrinhos






Quadrinhos é a arte de contar histórias através de sequências de imagens e desenhos. Os personagens das histórias são transportados para outras mídias desde a década de 40, como por exemplo, as séries televisivas em preto e branco de Batman, Superman, Capitão América e Flash Gordon. Os quadrinhos são conhecidos como histórias em quadrinhos (HQs) no Brasil, comics nos Estados Unidos e mangás no Japão.

A indústria de quadrinhos como conhecemos se desenvolve nos Estados Unidos no começo do século XX. Os Estados Unidos tornam-se o centro produtor e exportador de quadrinhos com figuras como Chester Gould (Dick Tracy), Alex Raymond (Flash Gordon), Pat Sullivan (Gato Félix) e Walt Disney (Mickey Mouse). Os dois últimos migram do desenho animado para os quadrinhos.




Harold Gray foi o pioneiro na introdução de ideologia política nas tiras ao defender idéias conservadoras em "Little orphan Annie" em 1924. 

Na Europa tem destaque o personagem Tintin do belga Hergé. Nos anos de 1960 as histórias do personagem alcançaram alto grau de complexidade e até mesmo engajamento político. O livro "Tintin no país dos Soviets" apresenta os russos de maneira nada imparcial. A criação dos super-heróis marca a chamada Era de Ouro dos quadrinhos a partir de 1930. Como exemplos dos ícones criados nessa época temos Superman (de Jerry Siegel e Joe Shuster), Batman (de Bob Kane), Spirit (de Will Eisner) e Capitão América (de Stan Lee e Jack Kirby). Muitos desses personagens foram utilizados como propaganda da ideologia norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial.



O Superman começou seu voo na revista "Action Comics" em 1938 e rapidamente revelou-se o maior defensor da democracia, liberdade e do american way of life. E foi utilizado como estandarte na luta contra o nazi-fascismo. Goebbles, O ministro da propaganda do III Reich chamou-o inclusive de judeu em referência à origem judaica de seus criadores. 



O Capitão América foi outro personagem utilizado como propaganda contra o nazismo e após o fim da guerra, empreendeu sua luta pela "liberdade" e democracia. Seu uniforme é nada menos que a bandeira dos EUA e seu escudo indestrutível representa a suposta condição política norte-americana de apenas se defender dos ataques inimigos.



O Caveira Vermelha, super soldado nazista é o arquiinimigo de Steve Rogers, (identidade do Capitão) e sua cor rubra, pode ainda ser considerada uma alusão à ameaça vermelha representada pelos comunistas soviéticos.



Os comics sempre foram utilizados como propaganda política desde seu surgimento e anos 2000 tem sido a principal matéria-prima para a produção dos filmes de aventura de Hollywood. Por isso, devem ser analisados atentamente no sentido de que se apresentam como uma das fontes de propaganda ideológica cinematográfica.



Leia Também:

Poder, propaganda e ideologias nas Imagens


Ideologias podem estar a serviço de grupos poderosos e muito antes dos filmes todo tipo de manifestação artística realizada pelo homem foi utilizada com interesses específicos. O uso das formas de arte sempre foi usado para legitimar o poder de pessoas, grupos ou governos. Imagens pictóricas, cartazes e quadrinhos além do cinema, sempre foram utilizados politicamente. Um aspecto muito importante nas últimas décadas foi e continua sendo a transposição para o cinema de muitas histórias em quadrinhos com viés ideológico. 



Analogamente à proposta da pintura histórica têm-se as imagens de propaganda produzidas a partir de determinados contextos. A ilustração, o cartaz e os quadrinhos (comics) tornaram-se meios artísticos massificados e são Imagens como a pintura de Vernet * e as produções cinematográficas. Todos podem estar dotados de ideologias a serviço de interesses estatais. A partir da segunda metade do século XIX foi possível a reprodução eficaz das imagens graças ao desenvolvimento da litografia. 

O Cartaz apresenta-se como um perfeito exemplo de como imagens foram amplamente utilizadas na emissão de mensagens e de como estas devem ser consideradas fontes históricas de grande valor. Como características do Cartaz têm-se a harmonização entre a palavra (escrito) e a imagem, que devem se reforçar mutuamente no sentido de passar uma mensagem convincente.



A primeira idade de ouro do cartaz ocorreu na virada do século XIX para o XX, destacando-se a atuação de artistas modernos como Henri de Toulouse Lautrec. O período entre guerras teve fundamental importância para o desenvolvimento do cartaz. Muitos artistas vanguardistas dedicaram-se a produção deles como no caso do Construtivismo russo.



Seja em uma obra de arte como um quadro ou num filme para o cinema, o que suscita questionamentos é como a realidade foi representada. Essa representação pode estar à serviço de quem ou de que?




* Horace Vernet foi o pintor mais importante no contexto da pintura histórica. No quadro Prise de la Smala d´Ab el Kader, Vernet imortalizou uma batalha crucial para o enfraquecimento da resistência muçulmana na Argélia. Vernet que foi definido por Baudelaire como sendo um militar que pinta, por apresentar nessa obra um alto grau ideológico. Os quadros históricos têm em sua base os documentos da História, entretanto não retratam fielmente a realidade.



Clique na imagem para contemplar a obra de maneira mais satisfatória.


Aprenda a decifrar as imagens e a lê-las politicamente!

Star Trek. A série que foi aonde nenhum programa de TV foi antes!



Um dos temas de pesquisa mais instigantes é o estudo da possibilidade de desinformação em processos informativos e da manipulação excessiva de informação. Aliada à análise da indústria cultural e da manipulação ideológica do cinema. O público do cinema, assim como o do jornalismo televisivo ou o de notícias na internet não é totalmente passivo, mas os produtos ausentes de profundidade são justamente os que ocupam maior espaço na mídia.

O cinema assim como a televisão oferece em demasia entretenimento de diversos tipos. Na medida que produzem muito, industrialmente, torna-se complicado manter um alto nível, principalmente se este não for o principal objetivo. A sociedade como um todo pode estar "desinformada" devido à informação manipulada, residual ou pelo excesso. 

São produzidas, por exemplo, diariamente na TV conteúdos de importância questionável (notícias sobre novelas, vida de famosos, criação de sub-celebridades) que são consumidos compulsivamente em nome do entretenimento. Não se deve, porém ignorar a proporção que a televisão alcançou nas últimas décadas com o aumento da qualidade "técnica" dos programas. Na atualidade muitas séries televisivas apresentam nível cinematográfico e são tão bem-sucedidas no mercado de DVDs como os filmes feitos para o cinema.

As séries televisivas e filmes desde seus primórdios fornecem combustível para o imaginário de seus apreciadores e tornam-se clássicos da cultura pop em diferentes contextos e por diferentes motivos. Ambos são meios correspondentes tendo em vista o número de artistas que iniciam suas carreiras na televisão posteriormente ingressando no cinema. Vale ressaltar que as mais famosas séries televisivas de sucesso ganharam versões cinematográficas e assim como os filmes, esses produtos feitos para a televisão podem revelar muito a respeito do contexto histórico de sua produção.


"Star Trek" ou Jornada nas Estrelas é uma das mais famosas séries de ficção-científica da televisão. Foi concebida por Gene Roddenberry e estreou em setembro de 1966 pela emissora NBC. Apresentava as aventuras da tripulação da nave espacial "USS Enterprise" que explorava o universo à procura de novos mundos e civilizações.

Além de batalhas siderais seus roteiros pretendiam dar ênfase a tolerância política e racial, explícitas na variada tripulação da nave, formada por personagens (e atores) de diferentes nacionalidades. Em pleno período de Guerra Fria um dos personagens, Pavel Checov, era russo.

Os episódios pregavam o antibelicismo (apesar de ocorrer lutas em praticamente todos os episódios) e a não-interferência na cultura e evolução de outros povos. Os duelos idealistas eram travados principalmente pelo trio central de personagens, o Capitão Kirk (William Shatner), o Sr. Spock (Leonard Nimoy) um vulcano (raça alienígena que preza a lógica) e o médico passional Dr. McCoy (DeForest Kelley). 


Em 1979 iniciou-se a franquia cinematográfica de "Star Trek" contando com todo elenco original da antiga série e em 1986 esta saga chegava ao seu 4° capítulo, Jornada nas Estrelas IV- A Volta para Casa (Star Trek IV- The Voyage Home). Este apresenta uma temática ecológica interessante que remete a um assunto crucial dos dias atuais que é a ecologia, o risco de desaparecimento de espécies animais e vegetais e o desenvolvimento sustentável. 


A série e franquia cinematográfica "Star Trek" são produtos culturais que trataram de assuntos pertinentes da época de sua produção, além de "antever" questões futuras, como o surgimento de tecnologias que se tornaram quase banais na atualidade (como o telefone celular). Configuram-se em mais um exemplo do poder dos produtos da Indústria Cultural, de sua influência e da necessidade de sua análise como meio de compreensão do mundo em que vivemos.



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Produto para as Massas



No mundo contemporâneo da alienação e do ultra-consumo, onde a informação desinforma e imbeciliza, a solução mais sensata para fugir da loucura foi tornar-me um produto para as Massas.


Link-se!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Missão de Rambo

Durante a década de 1980 uma das mais presentes temáticas nas produções cinematográficas norte-americanas foram os filmes de guerra. O contexto da época era o de um mundo marcado pela bipolaridade, dividido e sobre influência de dois blocos ideológicos. A chamada Guerra Fria tinha o Capitalismo e o Comunismo representados pelos Estados Unidos e URSS respectivamente.



As duas nações disputavam áreas de atuação ao redor do mundo e empreendiam uma corrida armamentista sem precedentes. A ameaça de um conflito atômico era uma realidade e gerava uma grande tensão entre os países. Além de ogivas nucleares os americanos tinham o seu cinema como grande arma. Uma arma muito poderosa e ideológica onde os danos podem ser sentidos na alma. 

Nesse capítulo pretende-se abordar as ideologias explicitas pró-alinhamento nos filmes de Hollywood cujo foco central da trama era o conflito político e ideológico entre as duas mais poderosas nações do mundo. As produções contínuas, industriais desses filmes acarretaram bilhões de dólares em bilheteria.  

Durante muito tempo os Estados Unidos mantiveram uma imagem de invencibilidade. Imagem que só veio a se desmantelar após os atentados de 11 de setembro de 2001. O mérito dos filmes nesse processo de construção do imaginário não deve ser subestimado, muito menos ignorado. 

Os filmes da série Rambo, personagem interpretado por Sylvester Stallone cumpriram bem esse papel. O personagem herói da guerra do Vietnã gerou vários outros clones desde sua estréia em 1982. No geral, todos os outros como "Braddock", interpretado por Chuck Norris tratam do tema do retorno ao Vietnã, a ferida aberta no orgulho norte-americano. 



Os norte-americanos são retratados como heróicos, justos e virtuosos enquanto os vilões comunistas são tidos como sujos, covardes e eternos comedores de criancinhas. Ou seja, antes de ser simples formas de entretenimento essas produções são dotadas de intensos simbolismos. O homem americano é sempre vítima de ameaças externas, sejam de outras raças ou governos. E a maneira mais lógica apresentada nesses filmes para sua emancipação é geralmente através da violência. O cinema norte-americano retrata o estrangeiro de uma maneira estereotipada seguindo uma tradição hollywodiana maniqueísta da luta simples entre o bem e o mal.


Geralmente os filmes representam o contexto da época de sua produção. O segundo exemplar de Rambo (Rambo First Blood part II) apresenta o herói retornando ao Vietnã com a missão de apensas fotografar campos de prisioneiros de guerra. No decorrer da trama acaba por resgatá-los. Os vietnamitas estavam sob a liderança de um militar de alta patente russo. Este foi lançado no Brasil em 1985 como “Rambo II A Missão”. 


Um aspecto bastante curioso ressaltado por Douglas Kellner é o de como o personagem mesmo sendo um representante dos valores conservadores da era Reagan consegue abarcar valores da chamada contracultura. Rambo usa o cabelo comprido, come alimentos naturais, é próximo à natureza e hostiliza a burocracia do Estado. O mesmo tipo de postura dos contraculturalistas da década de 60. Isso é um exemplo de como o sistema é capaz de incorporar qualquer tipo de modismo ou rebeldia e neutralizá-los em seus valores originais.


Em 1988 o terceiro filme da série apresenta John Rambo no Afeganistão indo ao resgate de seu amigo Coronel Trautman, mantido prisioneiro pelos russos. Em ambos os filmes os russos são visualmente personagens sujos, sempre suados e adeptos de métodos de tortura. Rambo se une com os rebeldes afegãos e consegue derrotar o inimigo em comum. O filme Rambo III foi dedicado ao valente povo do Afeganistão. País invadido pelos EUA nos primeiros e questionáveis conflitos dos anos 2000 à procura de Bin Laden.

Douglas Kellner salienta que para realizar uma crítica ideológica multicultural de Rambo seria necessário, além de atacar sua ideologia militarista imperialista, também criticar as figuras e discursos que compõe a problemática sexual e racial. As questões militaristas do filme servem como legitimação da intervenção em áreas como o sudeste asiático e o Oriente Médio.

A imagem guerreira, poderosa e inocente do personagem endossam a ideologia masculinista e patriótica muito presentes na Era Reagan. Uma era de recessão econômica e de política de intervenção externa. Rambo inclusive ganhou uma versão em desenho animado em que atuava em conjunto com uma equipe composta de uma mulher de traços orientais e um outro personagem negro.



Lutando pelos nobres ideais de "liberdade" e justiça, esses dois personagens animados cumpriam seu papel numa posição hierarquicamente inferior à Rambo. A série de animação deu um novo gás para a fabricação de brinquedos que junto com os famosos G.I. Joes (Comandos em Ação) da época alimentavam nas cabeças infantis a empolgação e o deslumbramento pela estética militar. 

O ator Sylvester Stallone encarnou como ninguém o soldado americano, no sentido que seu outro famoso papel, o do boxeador Rocky Balboa também foi usado como propaganda do ideal ianque (no filme Rocky IV) frente às adversidades e em oposição aos rivais soviéticos.


*Este texto é parte integrante do 3° capítulo "Mundo simples: O Bem e o Mal. Representações e política" da minha monografia "A Indústria Cultural e a apropriação da História" apresentada em março de 2009. (Graduação em História -UERJ)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vítimas

O oprimido de hoje é quem pisará em bocas e arrebentará crânios amanhã.


Consciência

Censo de Imbecis com Luciano Huck

Momento de utilidade pública para indivíduos úteis:
Censo mensal de imbecis atualizado!
Atualmente habitam no território brasileiro 3.399.417 idiotas.
Tomamos por base o n° de seguidores de Luciano Huck no twitter.



Fred Oliveira_ Originalíssimo !

Roger Marques_ Modéstia à parte, os resultados do meu cálculo são inquestionáveis.

Fred Oliveira_ Um dos tópicos mais originais que encontrei até hoje. Parabéns, caro Amigo! O critério é genial: Seguidores do Huck. Tem uma boa dose de nonsense e crítica social apresentados num primor de síntese. Excedeu por pouco um haikai...

Mariane Loureiro_ Estamos em plena Revolução dos Idiotas, como já disse nosso bom e velho amigo Nelson Rodrigues!"Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica:ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina."



Fred Oliveira_ Diria, servidão voluntária...

Roger Marques_ Tenho uma relação dúbia com os idiotas. Meu egocentrismo e falta de hipocrisia na cara faz com que me sinta "superior" à eles. Mas não sem sentir um pouco de inveja sadia de sua felicidade e capacidade de adaptação, da qual me alimento um pouco. Alienação pode ser uma benção. Alienação pode ser a solução!

Mariane Loureiro_ Eu também os invejo pelos mesmos motivos...

Fred Oliveira_ A burrice é contagiosa, a inteligência não ! Eis o perigo...



Mariane Loureiro_ A alienação é a nossa sorte... imaginem se eles tivessem consciência de sua superioridade numérica... iriam dominar tudo!

Fred Oliveira_ A alienação também é uma opção no início, depois se torna realidade inconteste.

Fabiane Silva Martins_ Mas o que o Roger falou é verdade, a felicidade e capacidade de adaptação, são invejáveis!



Roger Marques_ E falo sério! A vida não é ruim, mas todo esse sistema faz dela algo difícil para muitos. Acho que é realmente complicado cobrar certas posturas e atitudes das massas.

Fred Oliveira_ A sorte é que todos os alienados e idiotas tem um mundo que é só deles. Só sua condição de idiotas e alienados os identifica, felizmente nada os une !

Fabiane Silva Martins_ Vide nosso sistema educacional... A falta de um tudo que o povo sofre... É realmente complicado cobrar que se afastem do "pão e circo" em que vivem... E Huck faz parte do circo...

Roger Marques_ Já fui mais intransigente. Agora aceito a opção dos alienados, mesmo esta sendo involuntária, inconsciente e não ideológica. Meu problema sério é com os alienadores. Não eximo ninguém de sua parcela de culpa. Ninguém, nessa sociedade decadente da qual fazemos parte.



Fred Oliveira_ Eu duvido, desconfio, questiono minhas mais arraigadas certezas diariamente... Tento pensar a coisa e o contrário ! Essa é uma maneira, dolorosa e as vezes frustrante, de tentar manter-me são, coerente e equilibrado em relação as idéias que me açoitam e tentam seduzir.

Roger Marques_ Pois é, que exercício (intelectual) melhor que questionar as "certezas" para descobrir o quão sólidas elas são. E se as "certezas" desmoronarem... que beleza! Você tem um novo paradigma, que talvez não invalide, mas pode acrescentar algo anterior. No geral, ficamos no lucro. Hoje não estou tão pessimista Fred. E Luciano Huck é pão e circo... de Horrores.



Jamille Oliveira_ Me incomoda bastante essa história de que nós ou vós ou aqueles possam dizer que não são alienados, ou ainda dizer quem é alienado. 

Acredito que existam uns mais que outros, mas entrou nessa sociedade alienou-se! Esse é só mais um tipo de alienação pela qual nós, os chamados por alguns de intelectuais, vivem... mas muitos de nós acredita que estamos acima do mal!!! até porque o bem somos nós! (rs) Não sei se é mal de antropóloga, mas não consigo ver a cultura alheia como inferior a minha... de nenhum jeito! *-*

Fred Oliveira_ "quero ver quem de nós tem coragem de escrever algo e não citar ninguém" Hoje isso é quase uma heresia. Pessoalmente acho em boa parte das estéril. No dia a dia tento não me ater muito a isso.Considero sempre a conduta antropológica que reza compreender o estranho, o alheio, como familiar e o familiar, o conhecido, como estranho (sim, é Roberto DaMatta !) em meus juízos e em hipótese nenhuma adiro a uma conclusão de modo dogmático. Nesse caso, o nosso bate papo aqui é uma troca de olhares sobre o mundo e não a afirmação categórica de verdades de fato.

Jamille Oliveira_ Mas dizer que todos os 3.399.417 seguidores do Huck são TODOS idiotas não é afirmar categoricamente?



Fred Oliveira_ De modo amplo acho que podemos entender qualquer ponto de vista como uma forma de alienação... Entretanto, há sutilezas demais no entendimento da noção de alienação (que vão da religião até o defunto Marx) para concebermos também sobre ela, sem prévia definição, um entendimento comum. As palavras, sempre elas, nos limitam... rs

Jamille Oliveira porém, ainda quero ver Roger Marques se manifestando por aqui!

Fred Oliveira_ "mas dizer que todos os 3.399.417 seguidores do Huck são TODOS idiotas não é afirmar categoricamente?" Não, não... O Roger é um provocador ! É apenas uma provocação. Claro que ele não as considera todas idiotas. O que ele faz de forma sintética (e eficaz, pois estamos aqui dialogando sobre o que ele escreveu), a partir da constatação de um fato (os seguidores do Huck), é insinuar uma conclusão cujo alcance sociológico pode ser explorado de várias maneiras... Mas, é claro, não pode em si ser baliza suficiente para que consideremos aqueles (os seguidores do apresentador) "idiotas".

É apenas uma provocação, bem ao estilo iconoclasta de nosso amigo! A opinião do crítico, da crítica, em geral é uma opinião também. É qualitativamente diferente da nossa? Sob certos aspectos (sempre discutíveis) sim. Gosto da definição efetuada pela Bárbara Heliodora segundo a qual o crítico é um "espectador informado". Ele tem mais referências que o espectador comum mas é ele também um espectador.

Roger Marques_ Bem, o fato do dito apresentadorzinho de tv ser um dos motivos para tão eloquente troca de ideias não faz dele especial. Pelo contrário, é sua mediocridade e o incômodo que ele e sua laia representam que originaram a discussão. Sobre a questão de uma suposta cultura superior e outra(s) inferior, acredito que seja uma discussão perigosa e interminável.



Prefiro tratar das diferenças entre manifestações culturais dentro de determinadas culturas. Não acho absurdo estabelecer preferências entre tipos de cultura, por exemplo. (EU) Nunca vou tratar o sertanejo brasileiro (ou funk carioca) e o Pop rock inglês dos anos 80 como estando no mesmo nível de qualidade.



Jamille Oliveira_ Não me disse nada do que eu queria saber! Afinal de contas, não somos todos alienados? E quando você fala sobre não tratar de culturas e sim de manifestações não está se enredando no mesmo contexto? E do lugar em que você fala sobre o pop rock inglês dos anos 80 e do funk não é privilegiar uma classe social, um tipo de aprendizado e de socialização em detrimento do outro? Então você quer dizer que quem tem acesso a determinadas culturas é superior culturalmente que outros que não tiveram esse tal acesso!?

Roger Marques_ Você não esperou eu molhar o bico.

Jamille Oliveira_ Afinal de contas, a cultura enquanto conceito é abstração, as manifestações culturais é que estabelecem o que é cada cultura!

Roger Marques_ Eu disse que é complicado se eleger cientificamente, metodologicamente, academicamente que uma dita cultura é superior à outra. Mas se pode preferir, admirar, se interessar, respeitar uma cultura ou manifestação cultural mais do que outra(s).



Jamille Oliveira_ Mas isso te habilita a julgar outras como inferior, visto que você apenas admira, respeita, se interessa mais por uma em especial? esses verbos de possibilitam fazer tal julgamento?

Roger Marques_ Não acho que o que garante a preferência por um ou outra forma cultural tenha a ver com a classe social. Acredito que uma forma de arte deve ser autêntica e seu valor não deve ser medida baseada em níveis sócio-econômicos dos seus produtores. E uma pessoa pode se alienar tanto ouvindo funk todo dia como ouvindo música clássica.

Se fechar em determinado contexto pode ser alienante. Mas isso também é uma opção legítima. Defendi antes a opção válida pela alienação como válvula de escape. E se os 3 milhões de seguidores de Huck no twitter gostarem do que ele escreve, assistirem seu programa e acharem ele o máximo, sim, eu os considero um pouco ou totalmente imbecis.



Jamille Oliveira_ Não estou falando de determinismos, mas sua trajetória, e isto inclui em qual estratificação social você se encontra, influem na sua socialização. a socialização pela qual cada indivíduo é submetido molda os gostos, os comportamentos, e até mesmo a forma como elas vão se relacionar com outras pessoas e com o mundo, selecionando até mesmo com quem terão maiores possibilidades de arranjos matrimoniais. é o tal chamado capital social simbólico ( é, isto é Bourdieu). não dá pra acreditar que estão inseridos numa sociedade e seja possível viver alheio a ela, e que esta não nos influencie. formamos a sociedade e ela nos forma!

Roger Marques_ Concordo. Mas o fato de "pertencer" à uma determinada "classe" social não impede que uma pessoa se interesse ou se socialize com qualquer outra. E isso, não é algo totalmente determinante. E a não obrigatoriedade de socialização também é uma opção. Todos e tudo podem conviver em harmonia. Os indivíduos não precisam se amar, apenas se respeitar.

Jamille Oliveira_ socialização é uma obrigação!!! o único que eu conheço que não foi socializado, não no começo da vida, foi o kaspar Hauser!!!! hahahaha

Roger Marques_ Socialização não é obrigação. Pode ser uma convenção. Muitos grupos convivem, mas não socializam no melhor sentido da palavra.



Jamille Oliveira_ Não! socialização é o que acontece quando indivíduos humanos convivem em sociedade. é inevitável que ela aconteça, se não continuaríamos nos comportando como animais, não acumularíamos nem cultura e nem tecnologia!!! não há sociedade sem socialização!!!

Roger Marques_ Existem mil tipos de sociedades e associações dentro de uma mesma sociedade. Coabitam um mesmo espaço, mas não socializam totalmente.



Jamille Oliveira_ Se existe grupo é porque ha socialização!!!

Fred Oliveira_ Estamos migrando da antropologia para o campo da sociologia.

Jamille Oliveira_ A sociologia e a antropologia convivem pacificamente!!!



Roger Marques_ Fugir de marginais e não suportar playboys é coabitar um mesmo espaço. Não socializar. Pelo menos no sentido total da palavra. Você pode morar anos em um local e passar a vida apenas cumprimentando educadamente as pessoas da sua rua.

Jamille Oliveira_ Então diz ai, qual o sentido total da palavra socializar para você!?

Roger Marques_ Na minha opinião, isso não é socializar, mas sim conviver, dividir espaços. Você socializa com quem você quer ou com quem você é obrigado em um determinado momento. Você compartilha informações e divide momentos importantes com quem você quer de verdade. O que sobra é convenção social.



Jamille Oliveira_ A sociedade na qual estamos inseridos nos socializa de diversas formas. você não precisa ouvir as histórias de vida do seu porteiro para que elas estejam presentes no seu cotidiano. A tv, os jornais, todas as outras pessoas que socializam através de músicas e outros mecanismos te influenciam direta ou indiretamente. E não confunda socialização com sociabilidade, são formas de sociação, mas efetuadas de formas distintas e com finalidades distintas.

Você sociabiliza com quem você escolhe. mas você não escolhe ser ou não socializado pela sociedade onde está inserido! Ela simplesmente está em você e você nela!!! é impossível escapar da socialização, a não ser que você queira viver como Mogli... e o pior é que até o menino lobo foi socializado, pelos lobos, mas o foi!



Roger Marques_ Ok então! Graças ao fenômeno inerente da socialização eu posso escolher com quem vou me sociabilizar! Entendo que é a partir de referenciais do que consideramos bom ou ruim que temos mais meios de definir nós mesmos. Os povos se definem (também) através de seus inimigos.

Jamille Oliveira_ Fato! você falou tudo! isso também é socialização! rs

Roger Marques_ Resumindo, não gosto de Huck nem do que ele representa. O programa dele é uma apelaçao demagógica. Ele segue o velho esquema de "pai dos pobres" fingindo se importar, ajudar. Tudo isso vai colaborar futuramente se suas pretensões políticas se tornarem realidade. Já é um desgosto ver a cara dele em todos os outdoors da cidade em propagandas. Quando vierem com um número de candidato...



Roger Marques_ Reiterando, em nenhum momento eu falei algo sobre a existência de cultura superior ou inferior. Mas defendi o que é autêntico (comercial ou não) e a opção legítima de se gostar, interessar, admirar uma manifestação artística cultural em relação à outras.

Jamille Oliveira_ Concordo com você Roger Marques, porém chamar quem gosta de algo que você despreza de idiota... bem, não quero me prolongar mais!



Roger Marques_ Mas não seria algo natural? Se alguém adora algo que eu desprezo...


Deseja consumir menos imbecilidade?